China amplia importação de soja do Brasil e acende alerta nos Estados Unidos

A China reforçou sua preferência pela soja brasileira em julho de 2025. O país importou 11,67 milhões de toneladas, o maior volume já registrado para o mês, sendo quase 90% desse total proveniente do Brasil.
Enquanto isso, as compras de soja norte-americana caíram 11,5%, somando apenas 421 mil toneladas. O dado acendeu um sinal de alerta nos Estados Unidos, onde produtores pressionam o governo para rever políticas comerciais com Pequim.
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Brasil consolida liderança no mercado global
De janeiro a julho de 2025, a China importou 61,03 milhões de toneladas de soja, das quais cerca de 70% vieram do Brasil. O país se consolida como principal fornecedor do maior mercado consumidor do grão no mundo.
O fortalecimento da parceria comercial é impulsionado por:
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Competitividade de preços da soja brasileira;
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Infraestrutura em expansão, com investimentos chineses em portos e ferrovias no Brasil;
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Tensões comerciais entre EUA e China, que reduzem a atratividade do produto norte-americano.
Pressão sobre os Estados Unidos
Nos EUA, a queda nas exportações provocou reação imediata. Agricultores enviaram uma carta ao presidente Donald Trump pedindo um acordo que obrigue a China a retomar compras em grande escala. O temor é de prejuízos bilionários e perda de espaço definitivo no mercado internacional.
Desde 2021, as vendas de soja americana para a China caíram 31,5%, enquanto as do Brasil cresceram 28,4%.
Impactos e desafios para o Brasil
A ampliação da presença brasileira no mercado chinês representa uma oportunidade econômica significativa, mas também levanta preocupações ambientais. Especialistas alertam que a expansão da produção pode pressionar áreas sensíveis, como o Cerrado e a Amazônia, caso não haja políticas firmes de sustentabilidade.
Reconfiguração global do agronegócio
O movimento evidencia uma mudança estrutural nas cadeias globais de alimentos. O Brasil assume protagonismo, enquanto os EUA perdem espaço estratégico. Já a China reforça sua estratégia de diversificar fornecedores e reduzir vulnerabilidade em disputas comerciais com Washington.
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