26 de dezembro de 2024
Pesquisas apontam os efeitos do consumo no diabetes e nas complicações decorrentes da doença.

Um novo estudo de revisão publicado na revista Complementary Therapies Medicine aponta que um tipo de chá bem popular pode contribuir para a redução dos níveis de glicose. Pesquisadores da Tabriz University of Medical Sciences, no Irã, analisaram 15 estudos que investigaram o efeito da ingestão do chá de camomila no diabetes mellitus e nas complicações decorrentes dessa doença.

O trabalho de revisão aponta que todos os 12 estudos que examinaram o impacto do consumo de camomila no controle glicêmico indicaram que isso realmente ocorreu. Quatro das cinco pesquisas que avaliaram o impacto da camomila nos perfis lipídicos mostraram que ela melhorou a dislipidemia — presença de níveis elevados de gordura no sangue.

Seis estudos mostraram que a camomila diminuiu acentuadamente o estresse oxidativo. Ao todo, quatro pesquisas avaliando as complicações do diabetes, incluindo perfis renais e hepáticos, encontraram reduções significativas em comparação aos grupos controles.

“Esses achados ampliam as novas funções da camomila na melhora dos perfis glicêmico e lipídico e indicadores de estresse oxidativo no diabetes mellitus e complicações relacionadas”, escreveram os pesquisadores no estudo.

Em um dos estudos incluídos na revisão, 64 pacientes com diabetes tipo 2 foram orientados a tomar três xícaras diárias de chá de camomila (3g diluídos em 150 ml de água quente) ou placebo por oito semanas.

O grupo do chá de camomila demonstrou reduções significativas nos índices médios de açúcar no sangue nas últimas oito a 12 semanas, nos níveis de insulina e de resistência à insulina. Houve uma redução de 11% nos níveis de açúcar no sangue em comparação com o grupo placebo.

“Em conclusão, esta revisão sistemática descobriu que a administração de várias preparações de amostras de camomila (chá, extratos etanólicos e aquosos) pode melhorar o controle glicêmico e pode ser benéfica no controle do diabetes”, concluíram os pesquisadores.

Fonte: O Globo
Foto: Freepik
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