Foram realizadas neste domingo as provas do concurso público da Saneago, tanto de nível superior como médio, que haviam sido canceladas por irregularidades. Mesmo tendo uma grande quantidade de inscritos, cerca de 40 mil, a abstenção também foi alta, em torno de 40%, segundo o Ibeg (Instituto Brasileiro de Educação e Gestão). Isso ocorreu devido ao fato de que muitos candidatos fizeram a primeira prova apenas para medir seus conhecimentos e por isso não a refizeram desta vez.
De acordo com Fernanda, 30 anos, profissão administradora, que foi uma das candidatas entrevistadas por nossa equipe no Colégio Estadual José Feliciano Ferreira, antes da realização da prova, ela nos afirmou que está prestando o concurso na área de técnica administrativa e que se preparou para a prova com quatro meses de antecedência. Ainda segundo a mesma, o cancelamento das primeiras provas não lhe prejudicou e que está confiante com o seu resultado.
Entenda o cancelamento
O cancelamento das provas aplicadas ocorreu no dia 30 de junho do ano passado de acordo com recomendação do Ministério Público de Goiás, devido ao fato de que alguns candidatos denunciaram a diferença na quantidade de questões na prova e no cartão de respostas. O Ibeg, responsável pela organização do concurso, havia terceirizado os serviçoss de impressão das provas.
Chegou a ser anunciado um novo cronograma para o concurso, entretanto o Tribunal de Contas do Estado informou, no início de julho, a paralisação do processo seletivo, até mesmo da aplicação de novas provas, por não ter havido o encaminhamento do edital ao órgão para fiscalização.
Depois, no dia 31 de outubro, o TCE revogou a medida cautelar que impedia a aplicação das provas e a Saneago foi, desde então, autorizada a prosseguir com o concurso.
Mesmo assim, o MP-GO interrogou sobre o fato de a empresa organizadora continuar sendo a mesma das provas que foram canceladas. A promotoria havia recomendado que fosse trocado a instituição responsável pelo processo seletivo, entretanto, a Saneago manteve a mesma estatal, afirmando que se houvesse mudado geraria prejuízos financeiros e um atraso ainda maior para um novo concurso.