De acordo com o diretor a reunião foi convocada para discutir os pontos negativos do movimento e explicou que este é o primeiro passo para a retomada das aulas.

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Na manhã desta terça-feira (01 de abril) por volta das 8h, na UFG – Câmpus Riachuelo ocorreu uma reunião marcada pelo diretor da Regional Jataí. A mesma foi realizada na porta do Câmpus, pelo fato de que dezenas de manifestantes não desocuparam a entrada da universidade para que a reunião ocorresse no interior da mesma.

Segundo os manifestantes, apesar da reunião não ter sido marcada pelo movimento e não falar pelo mesmo, eles também estiveram presentes para responder a qualquer dúvida ou posicionamento sobre a manifestação.

De acordo com o diretor da Regional Jataí, Wagner Gouveia, o convite da reunião ocorrida esta manhã foi feito não apenas aos alunos, mas a toda comunidade acadêmica pelo fato do movimento afetar a todos e, portanto ser necessária a realização de um diálogo aberto entre docentes, discentes e técnicos administrativos, ou seja, todos que fazem parte da comunidade para estarem dialogando e chegando a um consenso.

Segundo o diretor, a reunião foi convocada para discutir os pontos negativos do movimento e explicou que este é o primeiro passo para a retomada das aulas.

“Nós temos a situação das obras que estão paradas devido ao fechamento dos portões, tanto aqui na unidade Riachuelo quanto na unidade Jatobá. São obras que necessitam que os caminhões com areia, cimento e tijolos passem pela portaria para conclusão das construções, inclusive do prédio do curso de Direito e de Fisioterapia, que estão acontecendo na unidade Jatobá, e também no Câmpus Riachuelo, a construção do prédio de Medicina. As obras estão paradas e correndo riscos, então temos que discutir e avaliar os pontos positivos e negativos desse movimento”, explicou o diretor.

O diretor destacou ainda que os alunos da manifestação merecem todo o respeito da comunidade acadêmica, pois já fizeram várias conquistas e pelo fato também da maioria das pautas reivindicadas já terem sido atendidas com termo de compromisso ou estarem com perspectiva de serem acolhidas.

Segundo a Professora do curso de Engenharia Florestal, Mirian Stefanini, o movimento já está causando vários prejuízos para os alunos e professores porque os mesmos seguem um calendário de copa este ano, e já haviam se programado considerando que haveria alguns jogos em certos dias e que estes foram tirados do calendário para que os alunos assistam aos jogos.

“Estamos há mais de 10 dias sem aulas, quem está mais a frente deste movimento são os cursos de Letras, Pedagogia, História e Direito, estes são cursos teóricos e para eles é mais fácil repor aulas, já nós das agrárias, cursos de ciências exatas e biológicas, temos laboratórios e ônibus agendados para aulas práticas e temos aulas o dia inteiro, eles só tem aulas à noite, alguns cursos tem aula durante o dia, mas não o dia todo. Então isto já está nos afetando muito. Comecei a conversar com vários professores e discentes, e pelo que percebi a grande maioria apoiou no começo, assim como eu apoiei, não acho errado o que eles estão reivindicando, só que agora já extrapolou, não acho certo eles proibirem a entrada, são cerca de 60 alunos nos fazendo reféns. Isso é inaceitável, acredito que eles não representam 3.000 alunos e 300 professores, eles não tem representatividade. Acho que o movimento deve dar continuidade em comissões, eu até me proponho a fazer parte de comissões para ajudar nas reivindicações, mas não trancando nosso direito de ir e vir”, ressaltou a Professora Mirian.

A aluna Bianca Vilela do curso de Direito, explicou que o movimento continua com a posição de tentar manter os portões dos Câmpus fechados, porque mesmo que alguns alunos não entendam o movimento é para todos os alunos, e só estão sem aulas até hoje, porque a Auto Viação Jataí e o município não resolvem a situação e se posicionam direito, ambos ficam jogando um para cima do outro a responsabilidade sobre o transporte público de Jataí.

O diretor destacou o fato de que as pessoas devem ter uma responsabilidade para entender o que foi discutido durante esta manhã, sobre a importância da reabertura dos Câmpus, dos avanços, das conquistas e dos prejuízos que estamos sofrendo, hoje terá uma nova reunião em função da retomada das aulas e caso não haja um consenso para reabertura dos Câmpus, quem tem o poder de tomar outras medidas cabíveis para reabertura é a reitoria da universidade.

A reunião acontecerá nesta terça-feira (01 de abril), às 16h, em frente ao pórtico do Câmpus Jatobá. A mesma será destinada a toda a comunidade acadêmica, incluindo alunos, professores, servidores, diretores e técnicos administrativos.

Nayara Borges / Fotos: Vânia Santana – Site PaNoRaMa

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