Carta do PSDB nacional pede que Marconi seja candidato a deputado federal

Em carta redigida na última sexta-feira (29) e assinada pela Executiva Nacional, o PSDB pede que o ex-governador Marconi Perillo seja candidato a deputado federal. O documento fala da trajetória do tucano e aponta necessidade de reforço nas campanhas para a Câmara – que são o parâmetro para distribuição de fundos eleitoral e partidário e de tempo de televisão -, além da defesa de aliança com o MDB e Cidadania, conforme acerto nacional.
O portal apurou que Marconi atuou para segurar por alguns dias a divulgação da carta, mas a manifestação é também uma saída política para justificar a desistência de concorrer ao governo de Goiás. Seria o argumento para recuar na decisão anunciada no dia 16 de julho, em evento estadual do PSDB, de seguir resultado de consulta interna no partido em Goiás, quando 93% dos correligionários defenderam candidatura ao governo. Outros 6% foram a favor da disputa ao Senado e apenas 1% a deputado federal.
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Desde o evento, Marconi vem articulando uma aliança com o PT, que já bateu o martelo pela união conforme decisão do diretório nacional. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem interesse em ampliar palanques nos Estados, especialmente na Região Centro-Oeste, onde o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem a preferência do eleitorado e das lideranças do agronegócio.
No entanto, além das resistências locais, o ex-governador tem, segundo aliados próximos, pensado mais racionalmente sobre a melhor estratégia política para as eleições deste ano. Garantir um mandato seria mais acertado do ponto de vista de sobrevivência política, levando em conta a situação favorável para a reeleição do governador Ronaldo Caiado (UB), a rejeição ao tucano de mais de 30% (segundo a pesquisa Serpes/O POPULAR) e as fragilidades da oposição.
Nos últimos dias, depois de ter garantia de espaço ser o candidato de Lula em Goiás, Marconi investiu em conversas com o PSD, incluindo o presidente nacional Gilberto Kassab, para a vaga ao Senado. Um palanque ainda mais ampliado e maiores chances de “vitória política” – mesmo com derrota eleitoral – o encorajaria a disputar o governo, segundo aliados.
O PSD, no entanto, teve reunião estadual na semana passada, quando decidiu seguir com a base governista, com candidatura isolada ao Senado do presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Lissauer Vieira.
A pedido de Marconi, o PT aguardará um posicionamento até a manhã da próxima quarta-feira (3) sobre a aliança em Goiás, quando deve realizar uma reunião extraordinária da executiva estadual para bater o martelo sobre a chapa. O partido tem o ex-reitor da PUC Wolmir Amado como candidato ao governo. O PSB, que realizou convenções no último domingo (31), colocou a pré-candidatura do ex-governador José Eliton ao Senado.
Na segunda-feira, Marconi teve conversas com diversas lideranças nacionais do PSDB, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia.
Fonte: O Popular
Foto: Diomício Gomes / O Popular
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