
Foto: Vânia Santana / CMJ
Ontem, 12 de março, teve início a 1° Sessão Plenária no mês de março, na Câmara Municipal de Jataí. E como tema do momento, o requerimento 34/2019, que solicita a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), não poderia ficar fora da berlinda.
Vale lembrar que a CPI busca investigar irregularidades administrativas na atual gestão do prefeito Vinícius Luz (2017- 2019) devido à falta de medicamentos e materiais básicos na rede de Saúde Pública de Jataí.
Os vereadores que apresentaram o requerimento são Major Davi (PP), Marcos Antônio (PDT), Gildenício dos Santos (MDB) e Maria Aparecida (PODE). Os mesmos são a favor de que a investigação se mantenha, por ora, apenas na gestão de Vinícius.
Já o grupo da situação, formado por Mauro Bento (MDB), Thiago Maggioni (PSDB), Carvalhinho (SDD), Kátia Carvalho (SDD), Adilson Carvalho (MDB) e João Rosa (PSDB), quer que a CPI se extenda até o último mandato do ex-prefeito Humberto Machado (2012-2016).
No início da Sessão, o vereador Marcos Antônio cedeu sua vez na tribuna à advogada Suzelma Assis, atuante no caso. Ela clamou por agilidade e urgência quanto ao requerimento, uma vez que a população está sofrendo e é prioridade.
Suzelma aproveitou para reforçar as denúncias sobre o Hospital das Clínicas. Ela citou problemas sérios como falta de medicações, falta de materiais hospitalares e cirúrgicos, falta de produtos de higiene, número reduzido de médicos e enfermeiros para atender a população, número reduzido de pessoas que fazem a limpeza e higienização no hospital, demora expressiva no atendimento na recepção, escassez de alimentação para servidores plantonistas, falta de lençóis, camisolas e chinelos, péssima qualidade na refeição dos pacientes e outras irregularidades que poderão surgir diante desses fatos.
Posteriormente, no momento de discussão do requerimento, Thiago Maggioni se manifestou defendendo a abertura do leque de investigação. Ele afirma que, na última gestão, também constatou irregularidades e que os problemas de saúde de Jataí não foram criados na gestão atual.
Assim, Thiago apresentou adendo para aprimorar a CPI, vinculando os anos de 2012 até 2019. Ele diz que é preciso “abrir a caixa preta da saúde municipal, tornando-se necessário e democrático que os efeitos da investigação e da transparência busquem os resultados na verdadeira origem e a verdadeira origem não foi construída nessa administração em dois anos.”
O Major Davi criticou duramente a apresentação de tal adendo no momento de votação do requerimento. Ele disse ser “uma tentativa desesperada”. Já Gildenício afirmou ser uma “situação impossível” que faria com que eles não conseguissem resultados em tempo hábil. Ele defendeu que seria melhor uma CPI a curto prazo que rendesse resultados rápidos, e que, depois, se fosse necessário, abrissem outra investigação em relação às gestões passadas.
Por fim, o vereador Marcos Antônio pediu vista, e o requerimento continuará em análise e discussão nos próximos dias.
Larissa Pedriel
Fotos: Vânia Santana / CMJ
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