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O consumo de carne bovina pelos brasileiros é o menor desde 1996, quando a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) iniciou a série histórica de análise desses dados. O consumo médio de 26,4 quilos da proteína por ano em 2020 representa uma queda de cerca de 14% em relação ao ano de 2019 e 2021 deve mostrar uma acentuação desses números, uma vez que estima-se que o consumo já caiu cerca de 4% apenas nos 4 primeiros meses do ano.
A queda do consumo interno de carne se deve à crise econômica acentuada pela crise sanitária, que tem reduzido a renda dos brasileiros, gerado desemprego e perda do poder aquisitivo, associados ao preço da carne, que em geral, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) subiu 35% nos últimos 12 meses e da arroba do boi, cujo preço subiu mais de 50% na comparação com o mesmo período de 2020, operando atualmente em cerca de R$ 305.
Além disso, alguns fatores externos são decisivos, como uma doença que dizimou boa parte do rebanho suíno da China e diminuiu a oferta de carne naquele país, levando-o a importar mais proteínas, o que ajudou a alimentar a inflação global dos alimentos. O câmbio desvalorizado também aumenta os custos de produção brasileira.
Com a dificuldade de aquisição da carne bovina o brasileiro tem consumido outras proteínas, houve alta de 5% no consumo per capita de suínos e 6% no de frango em 2020. O consumo de ovos também cresceu de 230 unidades por habitante em 2019, para 251 em 2020, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Por Estael Lima
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