Brasileira cria plataforma que revela se seu namorado tem histórico de violência antes do primeiro encontro

Brasileira cria plataforma que revela se seu namorado tem histórico de violência antes do primeiro encontro

Uma brasileira desenvolveu uma plataforma inovadora que promete aumentar a segurança das mulheres nas relações afetivas. A Plinq, criada pela curitibana Sabrine Matos, de 29 anos, permite verificar se um possível parceiro possui histórico de violência, antecedentes criminais, processos judiciais ou até mandados de prisão. A iniciativa busca prevenir casos de agressão e relacionamentos abusivos, oferecendo acesso facilitado a informações públicas.

A ideia surgiu após Sabrine tomar conhecimento do caso de uma mulher que desconhecia o passado violento do namorado. “Pensei em como a tecnologia poderia colaborar com a segurança das mulheres e tornar esse tipo de informação acessível de forma simples e discreta”, afirmou a criadora.

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Lançada em maio deste ano, a plataforma já superou 15 mil usuárias em menos de dois meses. O serviço tem assinatura anual de R$ 97 e foi desenvolvido para que qualquer mulher possa, com poucos cliques, realizar uma checagem prévia antes de se envolver em um novo relacionamento.

Plataforma traduz o “juridiquês” e usa alertas por cores

Um dos diferenciais da Plinq é o formato didático com que apresenta as informações. O sistema traduz o “juridiquês” e utiliza alertas por cores para indicar o nível de risco:

  • Verde (baixo) — sem registros relevantes;

  • Amarelo (atenção) — necessidade de cautela;

  • Vermelho (alto) — indica presença de processos ou ocorrências sensíveis.

Em casos classificados como red flag (bandeira vermelha), o relatório alerta:

“Com base na análise dos processos judiciais relacionados a [nome do homem], tivemos acesso a múltiplas informações que indicam a existência de processos em segredo de justiça. Essas circunstâncias dificultam determinar se ele é vítima, acusado, advogado ou outra parte envolvida, o que torna essencial uma conversa franca e uma avaliação cuidadosa antes de qualquer encontro.”

Já para green flag (bandeira verde), o sistema lembra que a ausência de registros não garante total segurança:

“A ausência de registros públicos não garante que a pessoa nunca tenha se envolvido em situações não registradas. Uma conversa aberta pode ajudar a construir um ambiente de confiança e segurança para ambos.”

Base de dados pública e respeito à LGPD

De acordo com Sabrine, a Plinq utiliza bases de dados públicas, como as disponíveis em tribunais e diários oficiais, sem infringir a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). O objetivo é organizar e simplificar informações que antes estavam dispersas e de difícil acesso.

A plataforma também garante sigilo total às usuárias, que podem fazer buscas de forma anônima. Além disso, o sistema não exibe detalhes sensíveis dos processos, apresentando apenas resumos explicativos com base no tipo de ação ou ocorrência.

Com a iniciativa, Sabrine espera contribuir para reduzir casos de violência contra a mulher e promover relacionamentos mais seguros e conscientes, unindo tecnologia, prevenção e empoderamento feminino.

Por Gessica Vieira
Foto: Reprodução
Jornalismo Portal Pn7

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Gessica Vieira

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