
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, na última terça-feira (7/6), que não haverá aumento salarial para servidores públicos em 2022. O governo analisava a possibilidade de conceder um reajuste linear de 5%, mas os pedidos de reestruturação de algumas categorias geraram empecilhos adicionais.
O reajuste custaria quase R$ 7 bilhões – o que, segundo Bolsonaro, iria exigir cortes em vários ministérios e “atrapalhar o funcionamento do Brasil”.
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“Então, eu lamento. Pelo que tudo indica, não será possível dar nenhum reajuste para servidor no corrente ano. Mas já está na legislação nossa, a LOA etc., de que, para o ano que vem, teremos reajustes e reestruturações”, disse Bolsonaro em entrevista ao SBT na manhã desta terça.
O Ministério da Economia anunciou, na segunda-feira (6/6), que o bloqueio de gastos do governo caiu de R$ 8,2 bilhões para R$ 6,96 bilhões.
A redução no valor do corte foi possível porque a pasta desistiu de manter R$ 1,74 bilhão reservado para pagar uma parte do reajuste aos servidores do Executivo federal – aumento que vinha sendo ventilado há meses por Bolsonaro. Sem a reserva, o montante implicaria novo bloqueio no orçamento dos ministérios.
O acréscimo de 5%, contudo, é considerado “insuficiente” por representantes das categorias de funcionários públicos. Alguns grupos, como os servidores do Banco Central e do Tesouro Nacional, têm feito manifestações, paralisações e até greves para pressionar o governo.
Em ano eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro (PL) quer evitar ao máximo interferir nos programas em execução pelas diversas pastas, mas, depois de prometer aumento para categorias policiais, viu o reajuste virar exigência em todo o funcionalismo. Agora, a equipe econômica tenta achar uma solução que contemple ambas as demandas.
O governo federal tem até o fim de junho para decidir sobre o reajuste.
Por Flávia Said
Foto: Reprodução
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