22 de novembro de 2024
Conheça os principais riscos e as medidas de segurança para prevenir o problema.

O período de férias escolares é um dos mais aguardados pelas crianças. Mas o momento de descanso e lazer também exige atenção redobrada de pais, mães e responsáveis. Esta é a época do ano em que mais ocorrem acidentes domésticos — uma alta de 25%, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Saber como tornar os ambientes mais seguros e ter orientações sobre prevenção são as melhores formas de evitar o problema.

Cortes, quedas, choques, queimaduras, intoxicações, afogamentos e traumas estão na lista dos acidentes domésticos mais comuns ocorridos com crianças. Segundo a SBP, em média há 200 mil ocorrências por ano. No entanto, 90% poderiam ser evitadas.

A gravidade da situação varia de caso a caso. Entretanto, a Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNDCA) alerta que acidentes domésticos são a principal causa de morte na faixa etária entre um e 14 anos no Brasil. Cerca de 3,6 mil óbitos são registrados anutalmente.

As informações da SNDCA mostram, ainda, que mais de 100 mil crianças são hospitalizadas por ano pelo mesmo motivo. Ao cruzar este dado com o da SBP, o resultado representa mais da metade dos casos.

A hospitalização acontece quando, após o atendimento de emergência, a vítima precisa ser internada. A partir daí, é preciso realizar o encaminhamento para a cirurgia geral ou para um tratamento especializado, como nos casos de intoxicação e queimadura.

Como prestar socorro

Em casos de acidentes domésticos, deve-se buscar atendimento médico na unidade de saúde mais próxima. Para isso, é necessário avaliar se a criança está consciente e se é possível fazer o transporte com segurança.

O corpo de bombeiros pode ser acionado por telefone (193) para o auxílio dos primeiros socorros ainda em casa. A orientação pode ajudar em caso de engasgos, asfixia e afogamento.

Se a criança sofrer uma queda e houver suspeita de fratura, é preciso solicitar a ambulância para o resgate e a remoção da vítima, que deverá ser avaliada por um profissional da área de ortopedia.

Tornando os ambientes mais seguros

A ONG Criança Segura reúne uma série de medidas de segurança que contribuem para a prevenção de acidentes domésticos em seu portal. As orientações estão divididas em três categorias: faixa etária, tipos de ocorrência e ambientes. O último é subdividido em casa, escola e área externa.

Os cuidados que devem ser tomados em casa variam de acordo com os riscos que cada cômodo oferece. No banheiro, a ONG ressalta a importância de manter a tampa do vaso sanitário lacrada e o armário com produtos de higiene bem fechado. Também é necessário manter lâminas de barbear, tesouras, chapinha e secador de cabelo longe do alcance das crianças.

A hora do banho é outro ponto de atenção. Além de checar a temperatura da água para evitar queimaduras, os pequenos não devem ser deixados na banheira sem supervisão.

Na cozinha, a ONG alerta para guardar utensílios cortantes, fósforos, isqueiros, itens de vidro e sacos plásticos também em locais de difícil acesso. Ao usar o fogão, o ideal é optar pelas bocas que ficam na parte de trás e deixar os cabos das panelas virados para evitar que sejam puxados.

O uso de toalhas compridas na mesa de jantar também não é recomendado pelo mesmo risco: se forem puxadas, pratos e copos podem cair sobre a criança.

Na sala, esteja atento aos móveis, que devem manter distância de janelas, sacadas e cortinas. Usar protetores nas quinas é uma forma de evitar batidas. A instalação de grades e redes de proteção também é uma medida de segurança apontada pela ONG.

Já no quarto, observe a disposição dos móveis. Caso haja beliches, uma grade de proteção ajuda a evitar acidentes durante a noite. Outro cuidado é assegurar que os brinquedos sejam indicados à faixa etária das crianças.

Foto: Freepik
Jornalismo Portal Panorama
panorama.not.br

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