Considerada um dos maiores problemas da agropecuária no Brasil, estima-se que a degradação de pastagens atinja, nas regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil, uma área de 70 milhões de hectares...

Durante palestra na TECNOSHOW COMIGO, pesquisador da Embrapa chamou a atenção para benefícios indiretos da recuperação do pasto

Considerada um dos maiores problemas da agropecuária no Brasil, estima-se que a degradação de pastagens atinja, nas regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil, uma área de 70 milhões de hectares.  Em palestra ministrada durante a 17ª TECNOSHOW COMIGO, o engenheiro agrônomo e pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Ademir Zimmer, explicou que muito já se evoluiu, mas que ainda existem produtores que não tratam as pastagens como uma cultura específica e acabam deixando de investir em, por exemplo, reposição de nutrientes, fertilização e manejo adequado. Em contrapartida, ele afirma que, no geral, a agricultura tem avançado sobre as áreas de pastagem, o que tem gerado impactos positivos em relação aos níveis de produção e qualidade dos animais, assim como aos efeitos nocivos de pragas e doenças.

Nesses casos, a diferença é que tratam-se de produtores que buscam assistência técnica e, na maioria das vezes, fazem um diagnóstico completo da área, incluindo outros espaços, além dos que estão sofrendo com a degradação. “Quando recuperamos ou renovamos uma área de pastagem dentro da propriedade isso reflete na fazenda como um todo.  Se recuperamos 100 hectares em uma fazenda que tem mil de área, por exemplo, podemos remanejar a distribuição dos animais, colocando um maior número de cabeças em um menor espaço e liberando o restante da área.”

Ele aponta os erros na adequação das taxas de lotação animal (seja o subpastejo ou superpastejo) e o uso de espécies forrageiras inadequadas como outros grandes desafios para quem vive de uma atividade ligada diretamente a boa condição das pastagens. “A falta de práticas de conservação de solo e a preparação errada da terra também contribuem para a degradação, que precisa ser revertida se o produtor quiser garantir a produtividade e a viabilidade econômica da sua atividade”, explica Zimmer.

Zimmer esclarece que as orientações básicas para a recuperação das pastagens gira em torno de atitudes mais simples, como alterações no manejo, adoção de práticas mais adequadas, melhoria da adubação e atenção na escolha das forrageiras. “Cada forrageira se adapta melhor a determinada condição ambiental ou de manejo”, afirma. Já em situações mais críticas a orientação é considerar a recolocação do pasto. Outro termo bastante usados pela Embrapa é renovação da pastagem. “Nesse caso estamos nos referindo a troca de cultivar. É um processo mais complexo.”

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