
A partir de 2 de setembro, o aeroporto de Rio Verde, em Goiás, deixará de receber voos da companhia aérea VoePass. A suspensão das operações, por tempo indeterminado, é resultado de uma readequação da malha aérea da empresa, que se viu obrigada a ajustar suas rotas após o acidente ocorrido no último dia 9 em Vinhedo, São Paulo. O desastre aéreo, que vitimou 62 pessoas, envolveu uma aeronave da VoePass que fazia o trajeto entre Cascavel (PR) e o Aeroporto Internacional de São Paulo.
Em nota, a VoePass informou que, com uma aeronave a menos em sua frota, a readequação foi necessária para garantir uma “melhora significativa na experiência dos passageiros, minimizando eventuais atrasos e cancelamentos”. A empresa destacou ainda que, até 26 de outubro, nove destinos deixarão de receber voos diários, momento em que os trechos atuais e futuros serão replanejados dentro da nova estratégia da companhia para a próxima temporada.
Desde o dia 9 de agosto, os voos para Fortaleza (CE), Confins (MG) e Porto Seguro (BA) já foram suspensos. A partir de 26 de agosto, Salvador (BA), Natal (RN) e Mossoró (RN) também terão suas operações interrompidas. Por fim, em 2 de setembro, além de Rio Verde (GO), as cidades de Cascavel (PR) e São José do Rio Preto (SP) deixarão de receber voos diários da VoePass.
Os passageiros que adquiriram bilhetes para os trechos cancelados serão tratados conforme a Resolução nº 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A agência informou na semana passada que intensificará o monitoramento dos serviços prestados pela VoePass para evitar anormalidades na operação. Segundo a Anac, o gerenciamento da segurança na aviação civil é uma atividade contínua, e todos os operadores aéreos, incluindo a VoePass, devem reportar constantemente dados de desempenho de suas frotas, o que inclui interrupções mecânicas e indisponibilidades de aeronaves.
A Anac não divulgou detalhes específicos sobre como o monitoramento será intensificado.