A reação do PL de Goiás à prisão domiciliar de Bolsonaro

A prisão domiciliar do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) acendeu um coro de protestos no PL de Goiás. Em poucas horas entre o final desta segunda-feira (4) e a manhã desta terça-feira (5), deputados, senadores, prefeitos e vereadores ligados ao partido foram às redes sociais para acusar o ministro Alexandre de Moraes de “perseguir o ex-presidente e atacar a democracia”. Nas declarações, as lideranças falam em “vingança”, “ditadura” e “caça” ao maior nome da direita brasileira.

Tão logo a decisão foi exposta, ainda no fim da tarde da segunda-feira (5), o deputado federal e presidente do PL em Goiânia, Gustavo Gayer, foi às redes sociais se manifestar. Chamou a decisão de “absurda” e acusou Moraes de agir para “calar e matar politicamente” Bolsonaro. “Ele vai, aos poucos, tentando censurar e aniquilar, para que a sociedade se acostume. Mas eu não estou disposto a acostumar”, disse.

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Para Gayer, a justificativa de que a participação remota de Bolsonaro em um ato em Copacabana seria “material pré-fabricado” para coagir o STF é “uma loucura”.

“Defesa da liberdade”

O senador Wilder Morais, presidente do PL em Goiás, que no último domingo (3), afirmou em manifestação à favor do ex-presidente que o impeachment de Moraes seria uma prioridade na retomada dos trabalhos no Congresso Nacional, afirmou que a medida é “injusta e claramente política”.

“As manifestações deste fim de semana mostraram a força da direita e a unidade em torno de Bolsonaro. Seguiremos firmes na defesa da liberdade e da democracia”, declarou. Ele promete ir para o tudo ou nada e já havia dito que ‘o pau iria quebrar’ em Brasília.

Demonstração de força

O ex-deputado estadual e vice-presidente do PL em Goiás, Fred Rodrigues, disse que Moraes tenta “mostrar força” e que a prisão “confirma ao mundo” as críticas feitas ao ministro. “Seu poder tirânico começa a se esvaziar ao passo que Bolsonaro coloca milhões nas ruas sem nem sair de casa”, afirmou ao ser questionado pelo Mais Goiás

‘Perseguição’, ‘ditadura’ e ‘venezuela’

Também após ser questionado pelo portal, o vereador Oseias Varão disse que o Brasil já vive “uma ditadura” e comparou a situação à da Venezuela. “O mesmo procedimento usado por Maduro para perseguir opositores está sendo utilizado para perseguir Bolsonaro. A prisão é ilegal, foi determinada sem a solicitação da PGR e com base em um crime inexistente: questionar a forma como o processo está sendo conduzido”, afirmou, citando ainda que a medida teria servido como “cortina de fumaça” para ofuscar novas denúncias sobre o “escândalo da Vaza Toga”.

O prefeito de Anápolis, Márcio Corrêa, também criticou a decisão, classificando-a como “perseguição política descarada”. “Sem crime, sem julgamento. É vingança. Bolsonaro não roubou, não matou. Está preso porque atendeu um telefone e falou com amigos, correligionários e eleitores. É preciso reagir”, disse.

Prisão domiciliar de Bolsonaro

Moraes decretou a prisão domiciliar no âmbito do inquérito que apura a suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022. O ministro argumenta que Bolsonaro descumpriu medidas cautelares ao participar, de forma remota, do ato de domingo (3) em Copacabana, e determinou o recolhimento do celular usado na transmissão.

Fonte: Mais Goiás
Foto: Jucimar de Sousa
Jornalismo Portal Pn7

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Redação Portal PaNoRaMa

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