A menstruação é encarada por muitas mulheres literalmente como uma dor de cabeça. Isso porque ela provoca em nosso organismo reações muito desagradáveis, como cólicas, dores nos seios, inchaços, dores de cabeça, além daquela insuportável TPM, muitas vezes acompanhada por uma vontade insaciável de comer doces, preferencialmente chocolates.
Por conta disso, muitas acabam optando por emendar as cartelas, mas esta é uma atitude muito discutida pela comunidade médica, por conta dos benefícios e também alguns problemas que esta ação pode desencadear no corpo da mulher. Entretanto, foi divulgado um estudo na publicação americana Contraception, que é uma referência na área de saúde reprodutiva e planejamento familiar, comprovando que não existem diferenças significativas no metabolismo do organismo das mulheres que usam anticoncepcional oral em regime contínuo, sem pausa, e também aquelas que utilizam o contraceptivo cíclico, ou seja, que menstruam todos os meses.
De acordo com os dados analisados no resultado final da pesquisa, os dois grupos de mulheres analisadas não tiveram diferenças significativas nos índices de glicídios, colesterol e triglicérides. Foram analisados também a taxa de amenorreia (suspensão do fluxo menstrual) e a redução de intensidade dos sintomas típicos das fases pré menstrual e também menstrual, como a dismenorreia (menstruação dolorosa), cefaleia, acne, náuseas, edemas, dores nos peitos e ganho de peso e em todos estes quesitos, os resultados dos dois grupos foram bons.
Este estudo foi realizado com contraceptivos que possuem o princípio ativo etinilestradiol (30mcg) associado à drospirenona (3mg) e comprovou que com pausa ou sem, o anticoncepcional não ocasiona problemas cardiovasculares em função do aumento do colesterol e triglicérides. Dessa forma, as mulheres ganham mais tranquilidade e segurança no momento de decidir sobre o método mais adequado de contracepção.
Rosana de Carvalho – Site PaNoRaMa