Foto: Vânia Santana - pn7.com.br

Conversamos com um especialista sobre as vacinas contra a Covid-19...

As vacinas têm sido tema recorrente nas rodas de conversa nos últimos meses. Não só em relação à prevenção da Covid-19, mas também devido à uma onda de movimentos antivacina que afirmam que os imunizantes não protegem contra as doenças e ainda colocam a saúde em risco. Para esclarecer dúvidas, conversamos com o professor-pesquisador Marcos Lázaro Moreli, da Universidade Federal de Jataí.

O doutor Moreli, que atua na área de virologia e tem pesquisas sobre dengue, Chikungunya, Zika, entre outros, realizou seu pós-doutorado na Universidade de Oxford, onde desenvolveu trabalho sobre vacinas. Atualmente coordena a implantação do diagnóstico de COVID-19 na UFJ, coordena projetos relacionados ao desenvolvimento de testes de diagnóstico para COVID-19 e estratégias de preparação de modelos de vacinas e em vetores para COVID-19 mediante colaborações internacionais e nacionais.

Muito dos movimentos contra as vacinas têm origem em uma desinformação difundida, diariamente, pelos mais diversos meios de comunicação, sem respaldo científico, as fake news da saúde. “Fico impressionado com grupos antivacinas que não compreendem como as vacinas são produzidas, porque esses vetores não apresentam riscos, porque uma agência como Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) libera etc.”, destaca o pesquisador.

Segundo Moreli, as vacinas agem no nosso organismo estimulando a resposta imune com produção de anticorpos e/ou produzindo células de memória  capazes de reconhecer e montar uma resposta efetiva no encontro com o vírus ou patógeno selvagem. Existem diversos tipos de vacinas e cada uma com suas particularidades para induzir padrões de resposta.

O especialista explica que durante o processo de busca por soluções para a pandemia de Covid-19, cientistas do mundo inteiro trabalharam em diversas alternativas imunizantes. “As principais vacinas desenvolvidas e autorizadas pela Anvisa para uso emergencial  são a da Universidade de Oxford/Astrazeneca (de vetor Adenovírus de Chipamze carregando a proteína Spike dos Coronavírus ChAdOX1-S , Coronavac (vírus inativado) e Pfizer.Outras como da Moderna e Sputinik estão sendo analisadas”, informa Moreli.

Pesquisas têm indicado que o custo de um paciente com Covid-19, sobretudo aqueles em situação grave, que necessitam de internação em enfermaria ou UTI custam entre 1 mil e 2 mil reais por dia, já uma dose de vacina custa cerca de 16 reais. Moreli destaca que o processo de vacinação é o de mais baixo custo: “tratar, sobretudo sem um protocolo de tratamento efetivo, como é o caso da Covid-19, demanda investimentos muito maiores”, afirma.

Por Estael Lima
Foto capa: Vânia Santana – pn7.com.br
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