Aneel anuncia bandeira amarela e reduz custo da conta de luz em dezembro
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária aplicável ao consumo de energia elétrica em dezembro será alterada para o patamar amarelo. A mudança representa uma redução no adicional cobrado na conta de luz, após dois meses de vigência das bandeiras vermelhas.
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Com a alteração, o consumidor deixará de pagar R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos — valor referente à bandeira vermelha patamar 1, vigente em outubro e novembro — e passará a pagar R$ 1,885 para cada 100 kWh. A medida vale para todos os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
Segundo a Aneel, a previsão de chuvas para dezembro é maior do que a registrada em novembro, o que melhora parcialmente as condições de geração de energia. No entanto, o cenário ainda exige cautela.
“Contudo, essa expectativa de chuvas está, em geral, abaixo da sua média histórica para esse mês do ano. Diante de condições de geração de energia um pouco mais favoráveis, foi possível mudar da bandeira vermelha patamar 1 para amarela. Por isso, o acionamento das termelétricas continua sendo essencial para atender à demanda”, explica a agência em nota.
O que são bandeiras tarifárias?
Implantado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias torna mais transparente um custo que já existia na conta de energia: o da geração. As cores funcionam como um alerta ao consumidor, indicando se a produção está mais cara ou mais barata no período. Assim, cada família pode adaptar o consumo conforme desejar.
Antes das bandeiras
Antes de 2015, as variações nos custos de geração — para mais ou para menos — só eram repassadas no reajuste tarifário seguinte, podendo demorar até um ano. Esse valor era corrigido pela taxa Selic, o que reduzia a previsibilidade para os consumidores.
Quanto custa cada bandeira?
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Verde: condições favoráveis de geração; sem acréscimo na tarifa.
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Amarela: geração menos favorável; acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 kWh.
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Vermelha – Patamar 1: geração mais custosa; acréscimo de R$ 4,463 a cada 100 kWh.
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Vermelha – Patamar 2: geração ainda mais cara; acréscimo de R$ 7,877 a cada 100 kWh.
Com a chegada do período chuvoso, a Aneel prevê melhora gradual na produção de energia, embora ainda mantenha a necessidade de uso das termelétricas como complemento. A orientação da agência é que os consumidores continuem atentos ao consumo para evitar surpresas na conta.
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