Existe uma relação direta entre alimentação, saúde e bem-estar físico e mental do ser humano, como destacado pelo Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde. Com a crise econômica e a alta nos preços, estar atento a algumas recomendações pode ajudar o consumidor a montar um cardápio saudável para o organismo e também para o bolso.
Nesse cenário, vale apostar em todos os recursos disponíveis. Benefícios como vale-alimentação e vale-refeição são alguns deles.
É importante lembrar que o vale-alimentação é destinado à compra de alimentos que não precisam estar prontos, portanto pode ser usado em estabelecimentos como mercado e mercearias. Já o vale-refeição é voltado para custear refeições e alimentos prontos em estabelecimentos como restaurantes, lanchonetes e padarias.
Novos hábitos alimentares preocupam
Conforme alertado por entidades como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde, os padrões de alimentação estão mudando na maioria dos países, principalmente naqueles considerados emergentes economicamente, como o Brasil.
As principais mudanças incluem a substituição de alimentos naturais ou minimamente processados e de origem vegetal por produtos industrializados e prontos para consumo. Entre outras consequências, essas transformações determinam “o desequilíbrio na oferta de nutrientes e a ingestão excessiva de calorias”, segundo o Guia.
Na maioria dos países, de acordo com o documento, a frequência de obesidade e diabetes vem aumentando de forma acelerada. Outras doenças crônicas relacionadas ao consumo excessivo de calorias e ao desequilíbrio na ingestão de nutrientes também estão evoluindo em pessoas de todas as idades. Alguns exemplos são hipertensão, certos tipos de câncer e doenças do coração.
Alimentação precisa ser balanceada
Segundo a OMS, a composição exata de uma dieta diversificada, equilibrada e saudável varia conforme as características de cada pessoa. Fatores como sexo, grau de atividade física, estilo de vida e idade, além de contexto cultural e alimentos disponíveis localmente influenciam a decisão sobre qual o cardápio certo. Contudo, a Organização enfatiza que uma alimentação balanceada tem princípios básicos, que permanecem os mesmos para todos.
Uma dieta saudável para adultos inclui a ingestão diária de frutas, verduras, legumes (lentilha e feijão, por exemplo), nozes e cereais integrais (milho, aveia, trigo e arroz integral). Além disso, menos de 10% da ingestão calórica total pode ser de açúcares livres.
A recomendação é para que menos de 30% da ingestão calórica diária seja procedente de gorduras. Dessa taxa, é preciso priorizar gorduras não saturadas — como as presentes em peixes, abacate, nozes, soja, canola e azeite — em vez das saturadas — encontradas em carnes, manteiga, óleo de palma e coco, creme, queijo e banha — e das transgênicas.
Diferentes instituições abordam o tema da alimentação saudável e econômica. As próximas quatro dicas podem ajudar o consumidor a dar os primeiros passos em busca de refeições com mais qualidade, mas sem pesar no bolso.
1. Faça uma lista antes de ir ao mercado
Para poupar na hora de ir ao mercado, a Serasa orienta fazer uma lista de compras antes de sair de casa.
A relação de itens ajuda a limitar a quantidade e o valor gasto com cada um deles. Ao adquirir somente o que foi planejado, economiza-se dinheiro e tempo.
Pesquisar preços de supermercados da região em que se mora também é uma forma de conseguir ofertas melhores.
2. Prepare as refeições em casa
O Guia de Preparação de Refeições da Universidade de Harvard, dos Estados Unidos, também conta com uma lista de recomendações e dicas para que as pessoas aproveitem as vantagens das refeições feitas em casa.
Alguns dos benefícios citados são a economia de dinheiro, o melhor aproveitamento do tempo e o controle de peso, uma vez que o próprio indivíduo pensa e separa o que será consumido e em qual quantidade.
Além disso, o levantamento mostra que preparar alimentos em casa pode até mesmo reduzir o estresse, já que não é necessário tomar decisões de última hora sobre o que comer ou preparar a comida apressadamente.
3. Separe dias específicos para o planejamento e preparo
Outra dica do guia de Harvard é separar dias da semana específicos para planejar o cardápio, fazer as compras e preparar as refeições.
Discutir a preferência de alimentos com os familiares ajuda a criar um menu mais agradável e coloca todos como participantes nas decisões importantes da rotina.
Criar o hábito de coletar receitas de jornais, revistas ou sites é outra maneira de variar os preparos, encontrar inspiração para cozinhar e manter a criatividade dos pratos.
4. Monte um cardápio semanal
A Serasa recomenda aos consumidores montar um cardápio da semana. Essa é uma sugestão que pode facilitar todo o processo, desde a organização da lista até o preparo.
Com todos os ingredientes em mente, é possível pesquisar os melhores preços, optar pelos alimentos da estação e não comprar mais do que o necessário para o período.
Foto: Maarten van den Heuvel/Pexels
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