13º salário chega com recorde de endividamento e se torna chance decisiva para reorganizar as finanças

13º salário chega com recorde de endividamento e se torna chance decisiva para reorganizar as finanças

Com a liberação da primeira parcela do 13º salário para grande parte dos trabalhadores formais, o Brasil volta a discutir como utilizar, de forma estratégica, um dos principais reforços de renda do fim de ano. A estimativa de entidades do setor produtivo aponta que mais de R$ 291 bilhões devem ser injetados na economia em 2025, movimento que tradicionalmente impulsiona comércio, pagamento de dívidas e organização financeira das famílias.

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No entanto, o cenário atual é de alerta. O país encerra o ano com níveis elevados de endividamento, juros altos e forte dependência de modalidades de crédito consideradas mais caras, como o rotativo do cartão e o cheque especial. Para muitos brasileiros, o benefício chega exatamente no momento em que o orçamento já está pressionado.

13º salário não é “dinheiro extra”

Uma das orientações defendidas por educadores financeiros é mudar a forma como o benefício é enxergado. Em vez de tratá-lo como prêmio ou bônus, especialistas lembram que se trata de uma renda que o trabalhador deixou de receber ao longo do ano e que retorna agora de forma concentrada. Quando essa percepção é distorcida, aumentam as chances de repetir práticas que levaram ao desequilíbrio financeiro.

O primeiro passo, segundo essa visão, é reconhecer o contexto econômico atual, marcado por instabilidade e juros elevados, e analisar a própria situação financeira antes de tomar decisões impulsivas.

Prioridade: quitar dívidas mais caras

Levantamentos recentes sobre o endividamento das famílias brasileiras mostram que boa parte das dívidas está ligada ao cartão de crédito e ao cheque especial, modalidades que cobram juros entre os mais altos do mercado. Por isso, especialistas apontam que usar o 13º para amortizar ou liquidar esses compromissos é a estratégia mais vantajosa.

A lógica é simples: não há investimento tradicional capaz de superar juros mensais de dois dígitos. Cada real destinado ao pagamento dessas dívidas representa um ganho financeiro imediato e reduz a chance de entrar em um novo ciclo de inadimplência.

Reserva financeira ainda é desafio

Mesmo com a ampla divulgação da importância de uma reserva de emergência, grande parte das famílias segue sem qualquer proteção financeira. Essa ausência faz com que imprevistos comuns, como manutenção do carro, gastos com saúde ou perda temporária de renda, acabem se transformando em novas dívidas.

A recomendação é começar pelo que for possível. Reservas pequenas — de R$ 300, R$ 500 ou R$ 1.000 — já fazem diferença na prevenção de problemas futuros. O importante é abandonar a ideia de que só vale a pena iniciar quando o valor for alto.

Despesas de início de ano exigem atenção

IPTU, IPVA, material escolar, seguros e renovações contratuais são despesas previsíveis. Ainda assim, são responsáveis por parte dos atrasos observados nos primeiros meses do ano. Uma das orientações é separar desde já parte do 13º para esses compromissos, reduzindo a necessidade de parcelamentos com juros embutidos.

Consumo: possível, mas com limites claros

O fim do ano tradicionalmente envolve celebrações, confraternizações e compras. Especialistas não defendem cortar tudo, mas recomendam que o consumo seja condicionado ao cumprimento das etapas anteriores: quitar dívidas, organizar o orçamento e criar ou reforçar a reserva financeira.

Um parâmetro sugerido por profissionais da área é limitar o consumo não essencial a até 20% do benefício, desde que o restante seja empregado de maneira estratégica.

Investimentos: recomendação para quem já está organizado

Investir parte do 13º pode ser positivo, mas não deve vir antes da quitação de dívidas caras ou da formação da reserva de emergência. Do contrário, cria-se uma falsa sensação de prosperidade. Quando o orçamento já está equilibrado, opções conservadoras como Tesouro Selic e CDBs com liquidez diária tornam-se caminhos interessantes para acelerar objetivos futuros.

Oportunidade anual de ajuste financeiro

O 13º salário continua sendo, para muitas famílias, a única chance anual de reorganizar o orçamento e corrigir rumos. Usá-lo de forma responsável pode representar a diferença entre começar o próximo ano com tranquilidade ou repetir o ciclo de aperto financeiro.

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Redação Portal PaNoRaMa

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