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Menos pressão e mais compreensão: aprenda como influenciar positivamente no paladar do pequeno. A alimentação da família inteira tem a ganhar...

É difícil achar por aí uma criança que não tenha passado por ao menos um período de recusa de alimentos — principalmente de frutas, legumes e verduras. É uma etapa normal do desenvolvimento, mas a maneira como os pais lidam com a situação pode influenciar no comportamento alimentar dos filhos pelo resto da vida.

Se você está passando por essa situação agora, veja as dicas de nutricionistas para ampliar o paladar dos pequenos.

1. Não faça pressão, chantagem ou barganha
Dizer que a criança só ganhará tal coisa se comer, brigar e pressioná-la para comer é contraindicado. “Isso pode criar memórias negativas associadas à comida e fazer com que a criança tenha mais dificuldade de aceitar aquele alimento ou mesmo outros novos no futuro”.

2. Mude o ambiente e o ritual da comida
Ela deve ser o centro das atenções. É comum ouvir do pessoal da escola que a criança come de tudo lá, mas em casa nada. Geralmente, isso ocorre porque na escola há um ritual bem estabelecido, onde todas as crianças sentam juntas, no mesmo horário, comem a mesma coisa e conversam enquanto isso.

Que tal replicar esse hábito em casa, comendo todos juntos, colocando os vegetais em todos os pratos e sem distrações como TV e celular?

3. Seja o exemplo
Boa parte da história de que “criança não come vegetal” é impulsionada pelos próprios adultos, que têm eles mesmos atitudes negativas com frutas, legumes e verduras — tratando-os como algo meramente obrigatório. “Diria que o exemplo dos pais é uma das coisas que mais influencia na aceitação da criança”.

4. Ofereça opções aos pequenos
Ao invés de já chegar com o prato pronto, experimente dar ao pequeno a autonomia para a montagem, mas com regras. Por exemplo, ele tem que colocar ao menos uma verdura ou cinco cores: branco, verde, marrom, laranja e vermelho. “Mesmo que ele não coma tudo, a nova cor já está no prato, que é mais perto da boca dele”. Se o tempo for corrido, ofereça ao menos mais de uma opção de verdura.

5. Tudo bem não gostar de tudo
Pessoas têm preferências muito peculiares e tudo bem se o seu filho não gostar de um determinado alimento. “Se ele não come mandioquinha de jeito nenhum, tudo bem trocar por batata ou outro item da mesma família”, ensina Luciana. O problema é a neofobia, quando ele não quer saber de nada diferente.

6. Maneire nos substitutos
Outra cena clássica: o filho não comeu no almoço, os pais correm para fazer algo que ele com certeza irá comer ou dar um substituto mais gostoso, com medo de que a criança fique com fome. “O problema é que ela acabará assimilando que basta recusar a comida para receber o que realmente quer comer”.

Tudo bem deixar a criança esperando um pouco, até o lanche da tarde, por exemplo, para comer. Até mesmo porque com fome a aceitação tende a ser maior.

7. Gerencie suas expectativas
A recusa é uma etapa natural do desenvolvimento, e alguns estudos mostram que é preciso expor o novo ingrediente várias vezes — entre 8 e 15 — até ele de fato ser aceito. Vá colocando as novidades no prato sem pressão.

8. Transforme o prato em uma experiência lúdica
Empratar a comida com uma apresentação divertida é uma estratégia que costuma agradar os pequenos. O arroz pode ser um rosto, a salada vira um cabelo e por aí vai. Basta digitar “comida divertida” em sites de busca para pegar várias inspirações bacanas.

9. Envolva o filho no preparo do alimento
Cozinhar com os filhos é uma das maneiras mais célebres de contornar dificuldades alimentares. “Desde o desmame, eles já devem estar na cozinha, seja para ver você amassando uma banana”, comenta Gabriela Kapim. Conforme ela for crescendo distribua tarefas adequadas para a idade.

Como nem sempre dá tempo de cozinhar, aproveite os pequenos momentos como o preparo da lancheira e a montagem do prato no almoço ou jantar. As idas ao mercado e à feira ajudam a explicar sobre os alimentos. Use-as ao seu favor, permitindo que o filho escolha o vegetal que quer experimentar naquela semana ou uma receita para prepararem.

10. Tenha uma hortinha em casa
Ou fácil acesso a uma. É a mesma lógica do item anterior: quando a criança está em contato com os bastidores da mesa, é bem mais provável que ela se interesse em experimentar alguma coisa. Fora a oportunidade de ensinar sobre o respeito ao meio ambiente.

11. Ofereça o vegetal em situações diferentes
Não estamos falando de camuflar, método que só é recomendado quando todos os outros já falharam para evitar deficiências nutricionais. A ideia aqui é picar e preparar em formatos diferentes, sem esconder o que a criança está comendo. “Se ela não gosta de cenoura crua ralada, tente a picada em uma outra receita que ela já gosta, ou em palitos”, ensina Luciana.

12. Ofereça menos doces e ultraprocessados
Balas, sorvetes, bolachas e salgadinhos contêm muitos aditivos que deixam a comida mais palatável, em especial sal, gordura e açúcar. O excesso e a frequência deles nos primeiros anos de vida, quando a criança está desenvolvendo suas preferências alimentares, pode fazer com que ela perca o interesse por itens de sabor mais suave e in natura.

13. Procure ajuda se necessário
A fase seletiva tende a passar no máximo até os seis anos de idade. Se persistir, ou ainda se a criança passar a chorar, cuspir ou até mesmo enjoar diante de novos alimentos, melhor procurar ajuda, pois o quadro pode evoluir para transtornos alimentares no futuro.

Fonte: Bebe.Abril
Jornalismo Portal Panorama
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