SUS passa a oferecer terapia gênica inédita para crianças com atrofia muscular espinhal

O Sistema Único de Saúde (SUS) passou a oferecer um dos tratamentos mais modernos do mundo para a atrofia muscular espinhal (AME). Nesta quinta-feira (2/10), o Ministério da Saúde publicou uma portaria que define os critérios para habilitar hospitais a aplicar a terapia gênica em pacientes com AME 5q tipos 1 e 2.
O SUS garante agora o acesso ao medicamento Zolgensma. Considerado o tratamento mais inovador e eficaz para a AME, ele age diretamente na causa genética da doença. Assim, ele pode modificar a evolução natural da enfermidade. Com o diagnóstico precoce, crianças que atendem aos critérios clínicos do SUS podem ter maior sobrevida e melhor qualidade de vida.
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Entendendo a doença
A atrofia muscular espinhal é uma condição genética rara e progressiva. Ela compromete os neurônios motores, que controlam movimentos voluntários, como respirar, andar e falar. Sem tratamento adequado, a doença provoca perda rápida das funções motoras e reduz drasticamente a expectativa de vida nos primeiros anos de infância.
Com a terapia gênica, crianças elegíveis recebem um tratamento que corrige a falha genética responsável pela doença. Dessa forma, a progressão da AME desacelera e elas ganham mais autonomia funcional.
O Ministério da Saúde reforça que os hospitais devem se habilitar rapidamente para oferecer o tratamento em todas as regiões. A Coordenação-Geral de Doenças Raras alerta que a participação de gestores estaduais e municipais é fundamental para garantir acesso igualitário.
Segundo Natan Monsores, coordenador-geral de Doenças Raras, a habilitação dos hospitais permitirá que crianças de todas as regiões recebam o tratamento e acompanhamento contínuo. “Os gestores estaduais precisam se mobilizar para habilitar estabelecimentos de saúde em todo o país. Assim, podemos realizar a infusão da terapia gênica em pacientes com atrofia muscular espinhal”, afirmou ele.
Monsores acrescentou que o acompanhamento clínico constante é indispensável. Ele permite monitorar os efeitos do medicamento e oferecer cuidado próximo às famílias. Por isso, serviços habilitados em diversas regiões do Brasil são essenciais.
Por Gessica Vieira
Foto: Reprodução
Jornalismo Portal Pn7
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