Estupro virtual contra criança: mãe denuncia crime e suspeito é preso
Uma mulher entregou o celular da filha de 10 anos à Polícia Civil de Goiás e denunciou que a criança era vítima de estupro virtual. A mãe percebeu conversas suspeitas nos aplicativos usados pela menina e decidiu procurar a delegacia.
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Segundo o delegado Matheus Dutra, do Grupo Especial de Investigação Criminal (Geic), a iniciativa da responsável foi fundamental para o avanço das apurações. “Ela identificou diálogos estranhos no celular da criança e apresentou o aparelho para análise”, explicou.
A partir do material entregue, os investigadores iniciaram a análise técnica do aparelho. Com isso, foi possível identificar que o suspeito utilizava perfis falsos em redes sociais como Instagram e TikTok.
Além disso, ele se passava por uma adolescente com o objetivo de criar proximidade com a vítima. De acordo com a polícia, o homem estabelecia uma relação de confiança por meio de conversas frequentes. “Ele conversava com a criança e criava esse vínculo nos aplicativos”, afirmou Dutra.
Após o contato inicial, o investigado conduzia a vítima para outro ambiente digital. Conforme a investigação, a criança era induzida a instalar um aplicativo pouco conhecido, chamado Zaingi.
Segundo o delegado, essa mudança tinha uma finalidade clara. “A troca de plataforma servia para afastar a conversa da supervisão dos responsáveis”, destacou. Assim, o suspeito passou a intensificar a conduta criminosa.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, foi nesse aplicativo que o investigado utilizou conteúdos envolvendo outras meninas para influenciar a criança. A vítima acreditava que conversava com alguém da mesma idade.
No entanto, mesmo com o uso de contas falsas, os investigadores conseguiram identificar o autor real por trás dos perfis.
Com base nas informações reunidas, a Polícia Civil representou pela prisão temporária do suspeito. Também foi solicitada a busca e apreensão domiciliar.
A prisão ocorreu durante a Operação Sombra Digital e contou com apoio da Polícia Militar de Minas Gerais. “A partir dessas informações, representamos pela prisão e pela busca”, explicou Dutra.
As investigações seguem em andamento. A próxima etapa será a análise do celular do investigado, que foi apreendido.
Segundo a polícia, a perícia poderá identificar outras vítimas, verificar se houve compartilhamento ou comercialização de material ilícito e apurar a participação de possíveis cúmplices.
Até o momento, conforme a Polícia Civil, os crimes identificados ocorreram apenas no ambiente virtual, o que condiz com o modo de atuação atribuído ao suspeito.
Por Gessica Vieira
Foto: Reprodução
Jornalismo Portal Pn7
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