Viajar para Dormir? Tendência do Turismo do Sono Cresce no Brasil em 2025

Viajar para Dormir? Tendência do Turismo do Sono Cresce no Brasil em 2025

Em um mundo que acelera constantemente, cresce entre os brasileiros uma nova forma de viajar: o turismo do sono. Assim, em vez de roteiros extenuantes, muitos turistas procuram experiências centradas no descanso profundo e na recuperação mental. Portanto, o turismo passa a priorizar a qualidade de sono e a desconexão digital, ao mesmo tempo em que mantém o compromisso com o bem-estar integral.

O que é turismo do sono (sleep tourism)

O chamado sleep tourism vai além do simples descanso noturno; trata-se de um conjunto de práticas e ofertas que incentivam o repouso intencional. Além disso, essa tendência se conecta ao conceito de JOMO — Joy of Missing Out — que valoriza o prazer de se desligar do mundo. Por exemplo, práticas como o hurkle-durkling — o ato deliberado de aproveitar mais tempo na cama — ilustram essa mudança: menos fazer e mais ser.

Evidências e sustentação da tendência

Segundo a Revista de Tendências do Turismo 2025, divulgada pelo Governo Federal, o bem-estar consolidou-se como prioridade no setor. Consequentemente, empresas e destinos têm reposicionado seus serviços para atender viajantes interessados em recuperação física e mental. Ademais, iniciativas públicas e privadas vêm estimulando pacotes que combinam descanso, terapias e experiências de baixa intensidade.

Destinos em destaque: Fernando de Noronha

Em primeiro lugar, Fernando de Noronha oferece um cenário natural propício ao desligamento. De fato, o arquipélago é reconhecido internacionalmente por suas paisagens preservadas e silêncio relativo, fatores que favorecem o sono reparador. Além disso, em 2024 a ilha foi apontada pela Lonely Planet como um dos melhores destinos da América do Sul para quem busca fuga tranquila, o que reforça sua vocação para experiências de bem-estar.

Destinos em destaque: João Pessoa

Por outro lado, João Pessoa, na Paraíba, tem se firmado como alternativa para retiros e programas de saúde mental. Segundo relatório citado na revista do Gov BR e avaliações de plataformas como a Booking, a capital paraibana combina praias de tom mais calmo e infraestrutura crescente de serviços wellness. Assim, João Pessoa atrai viajantes que buscam tanto simplicidade quanto ofertas estruturadas de descanso.

Tendências em hospedagem e tecnologia para o sono

Inspirados nas Zonas Azuis, muitos resorts e pousadas brasileiros incorporam práticas de longevidade — por exemplo, alimentação equilibrada, movimento natural e conexão comunitária. Além disso, tecnologias emergentes estão sendo adotadas: crioterapia, terapia de luz vermelha e tratamentos regenerativos aparecem com mais frequência em pacotes de bem-estar. Portanto, tais soluções unem tradição e inovação em prol do descanso.

Experiências alternativas e público específico

A tendência também contempla experiências diferenciadas. Por exemplo, o turismo “sóbrio” (sem álcool) ganha espaço; paralelamente, retiros psicodélicos para autoconhecimento começam a ser discutidos de maneira mais estruturada. Ademais, há programas direcionados a públicos específicos — mães em recuperação pós-parto, homens focados em saúde mental ou grupos que buscam imersões curtas de desligamento. Assim, a oferta torna-se mais segmentada e, por conseguinte, mais aderente a necessidades reais.

Formatos de hospedagem: do chalé ao retiro high-end

Seja em chalés à beira de lagos, casas de praia silenciosas ou retiros sofisticados, o objetivo permanece o mesmo: oferecer uma pausa real para o corpo e a mente. Além disso, muitos serviços complementares — horários de silêncio, restrição de sinal de internet e rotinas orientadas por profissionais de sono — reforçam a promessa de descanso efetivo. Portanto, a experiência busca reduzir estímulos e promover rotinas de sono saudáveis.

Conclusão: o novo luxo é desconectar e dormir bem

Em 2025, portanto, o verdadeiro luxo deixou de ser acumular destinos e passou a ser dormir bem. Assim, o turismo do sono representa uma mudança cultural e econômica: turistas que antes priorizavam atividades passaram a valorar a tranquilidade e a recuperação. Por fim, à medida que a oferta se amplia, destinos brasileiros têm a oportunidade de se consolidar como referências mundiais nesse nicho — desde que invistam em infraestrutura, serviços especializados e comunicação clara sobre os benefícios do descanso.

Por Gessica Vieira
Foto: Reprodução
Jornalismo Portal Pn7

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Gessica Vieira

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