Salários de lideranças do agronegócio chegam a R$ 65 mil e refletem transformação do setor

O agronegócio brasileiro passa por uma transformação acelerada. Consequentemente, a valorização das lideranças e as contratações no setor também aumentaram. Atualmente, os salários de executivos variam entre R$ 30 mil e R$ 65 mil. Além disso, posições estratégicas estão cada vez mais disputadas por empresas nacionais, que buscam profissionais capazes de conduzir inovação e sustentabilidade.
De acordo com levantamento da Michael Page, 70% das contratações para cargos de liderança em 2025 foram feitas por empresas brasileiras. Enquanto isso, multinacionais adotam postura cautelosa devido ao cenário econômico global. Assim, os grupos nacionais investem em governança, sucessão familiar e inovação tecnológica.
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Cargos mais valorizados e faixas salariais
O crescimento do setor elevou a média salarial de executivos que ocupam posições-chave. Por isso, algumas funções se destacam:
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Diretor de Recursos Humanos (R$ 35 mil a R$ 65 mil) – Conduz planos de sucessão familiar e promove uma cultura de inovação e sustentabilidade. Além disso, esse profissional é essencial para atrair e reter talentos em um mercado competitivo.
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Diretor Agrícola (R$ 40 mil a R$ 60 mil) – Gerencia operações de campo, garantindo eficiência e uso de tecnologias avançadas. Também, exige liderança, conhecimento técnico e visão estratégica.
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Diretor Industrial (R$ 40 mil a R$ 60 mil) – Supervisiona unidades de processamento, priorizando qualidade, segurança e automação. Além disso, lidera projetos de inovação e padronização.
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CFO – Diretor Financeiro (R$ 30 mil a R$ 60 mil) – Planeja e controla finanças, garantindo sustentabilidade econômica. Dessa forma, atua de forma estratégica diante de crédito restrito e aumento de custos operacionais.
Fatores que impulsionam a valorização
A valorização das lideranças está ligada a quatro grandes vetores:
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Transformação digital – O avanço tecnológico exige líderes com habilidades digitais. Eles implementam agricultura de precisão e automação.
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Sustentabilidade e ESG – Empresas buscam gestores com visão ambiental e social, alinhados às exigências de investidores. Além disso, essa abordagem fortalece a imagem corporativa.
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Governança e sucessão familiar – A profissionalização das empresas familiares demanda executivos experientes em planejamento e governança.
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Crescimento e internacionalização – O Brasil se consolida como potência agroexportadora. Consequentemente, cresce a demanda por líderes capazes de gerir operações complexas de forma sustentável.
Onde estão as oportunidades
As oportunidades estão concentradas em empresas de médio e grande porte, com faturamento de até R$ 1 bilhão. Principalmente no interior de São Paulo e no Centro-Oeste, regiões que abrigam polos de produção de grãos, implementos agrícolas e tecnologias de precisão.
Essas empresas buscam profissionais com visão estratégica, experiência em inovação e capacidade de liderar equipes. Assim, é possível conduzir novos ciclos de crescimento e competitividade.
Lideranças do agronegócio: um mercado em transformação
O setor vive uma fase de transição geracional e fortalecimento da governança corporativa. Empresas nacionais assumem protagonismo e valorizam lideranças modernas. Portanto, abre-se espaço para executivos preparados para enfrentar desafios e aproveitar oportunidades.
Dessa forma, o Brasil consolida-se como referência global em produtividade, inovação e sustentabilidade no campo. Além disso, essas lideranças podem transformar desafios em oportunidades de crescimento e competitividade.
Por Gessica Vieira
Foto: Reprodução
Jornalismo Portal Pn7
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