O verão em Goiás tem sido marcado por muita chuva e a tendência é que a estação continue alcançando registros acima da média, conforme prognóstico da meteorologia.
O meteorologista Eduardo Argolo explica que a influência do La Niña, um fenômeno climático que resfria as águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial e reflete diretamente na região, dá sinais de enfraquecimento, porém segue trazendo muita chuva para centro-oeste brasileiro.
“O fim do La Niña não quer dizer estiagem em Goiás e volta das chuvas no Sul do Brasil, a atmosfera é mais complexa do que se pode imaginar”, diz.
O especialista pontua que, historicamente, o mês de fevereiro é o mais quente em áreas do centro brasileiro. “Naturalmente temos muitas chuvas de forma convectiva neste mês, e ainda é esperado volumes expressivos. Chuva perto ou acima da média e prevista para o Centro-Oeste e teremos áreas com riscos de inundação”, aponta.
Alguns municípios têm sido mais afetados que outros. Para se ter uma ideia, só no mês de janeiro, Anápolis registrou 418,2 mm de chuva em Anápolis contra 275 mm em 2022.
“Um volume muito expressivo de ano para outro, revelando os efeitos do La Niña na região. Não há previsões muito precisas para região para o mês de março, principalmente pelo efeito de borda do fenômeno, que geralmente provoca novas situações para o tempo”, diz.
O meteorologista avalia, ainda, que as chuvas foram benéficas para a agricultura goiana. “Mesmo que o produtor esteja esperando estiagem para os próximos dias para colheita”, observa. Para fevereiro, segundo Eduardo Argolo, é esperado alto volume de precipitações, já que em 2022 choveu 370 mm e a média histórica é alta neste mês.
Foto: Tiago Araújo – Portal Panorama
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