VÍDEO | Vídeo de marketing com simulação de sequestro gera polêmica em Mineiros
O que parecia ser um sequestro em Mineiros, no sudoeste goiano, não passava de uma peça publicitária planejada por um Hospital Veterinário, mas o vazamento de um vídeo incompleto causou grande confusão e gerou uma série de reações. A ação, inicialmente divulgada como parte de uma estratégia de marketing para a reinauguração da unidade hospitalar, foi mal interpretada por muitos após a divulgação da primeira parte do material, que sugeria um crime.
O vídeo mostrava a empresária Neuriane dos Reis Ribeiro em uma situação de simulação de sequestro, mas o restante do conteúdo, que esclarecia a natureza do vídeo como uma campanha publicitária, ainda não havia sido editado e compartilhado. Fábio, responsável pela ação, explicou que o vídeo fazia parte de uma série promocional, onde, após a simulação de sequestro, Neuriane seria encontrada em boas condições e, ao final, apresentaria a estrutura do hospital para o público.
Apesar das explicações, a repercussão foi imediata. “A primeira parte do vídeo foi enviada para os grupos e infelizmente o restante, que traria a solução do enredo, não foi compartilhado”, afirmou Fábio. Ele ainda reforçou que as autoridades policiais foram devidamente informadas por meio de ofício, garantindo que a ação estava dentro dos conformes e sem intenção de causar pânico ou alarmar a população.
Em um comunicado em vídeo, Neuriane pediu desculpas pela confusão, tranquilizando amigos, clientes e familiares: “Eu estou bem. Era uma ação publicitária que não saiu como planejado e peço desculpas a todos que se preocuparem. Foi um erro e vamos corrigir.”
A polêmica gerou críticas não apenas pela ação mal planejada, mas também pela abordagem antiética de utilizar um cenário de sequestro como estratégia publicitária. Especialistas em direito e ética criticaram a empresa, alertando que simular um crime, como a falsa comunicação de sequestro, é uma prática que pode configurar infrações legais, como o artigo 340 do Código Penal, e causar danos à credibilidade de qualquer marca.
Após o incidente, o hospital e os envolvidos prometeram uma revisão em suas práticas publicitárias para evitar novos contratempos. O caso também levanta importantes questões sobre os limites éticos do marketing e o impacto das campanhas publicitárias no comportamento social e na confiança do consumidor.