Quatro postos de combustíveis em Jataí são investigados em operação contra esquema ligado ao PCC

A Operação Carbono Oculto, deflagrada por forças de segurança federais e estaduais, expôs um dos maiores esquemas de sonegação e lavagem de dinheiro já identificados no setor de combustíveis no Brasil. De acordo com informações divulgadas pelo G1, os alvos são postos de fachada ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), muitos deles classificados como bandeira branca, sem vínculo direto com grandes distribuidoras.
Em Goiás, as investigações apontam que 28 postos e duas usinas estão sob suspeita de envolvimento no esquema, espalhados por 15 cidades. Em Jataí, segundo divulgado pelo portal G1, foram identificados quatro estabelecimentos sem bandeira, que funcionariam como fachada para movimentações ilegais: Vilelão, JK, Cristo e Shopping.
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Segundo as autoridades, o modelo de postos sem bandeira facilita a prática de adulteração de combustíveis, emissão de notas fiscais frias e ocultação de recursos. O esquema, que atuava em escala nacional, teria movimentado cerca de R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024, valendo-se ainda de fintechs e fundos de investimento para mascarar a origem do dinheiro.
No estado, a investigação revelou ainda que uma base de distribuição localizada em Senador Canedo abastecia 163 postos de combustíveis em Goiás, reforçando o alcance da operação criminosa. Até o momento, a Justiça já determinou o bloqueio de mais de R$ 1 bilhão em bens ligados aos investigados.
As apurações continuam, e novas medidas judiciais não estão descartadas. O caso chama atenção pelo impacto direto na economia local, já que postos de fachada afetam a concorrência e prejudicam o consumidor final, além de alimentar o poder financeiro de organizações criminosas.
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