
O Ministério da Saúde alertou na última terça feira (30) para a necessidade de fortalecer ações de combate ao mosquito Aedes aegypti.
O primeiro Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) de 2019 revela que, entre janeiro e março, a incidência nacional de casos de dengue subiu 339,9% em relação ao mesmo período do ano passado, passando de 102.681 para 451.685 casos prováveis.
Foram registrados ainda, nesse período, 3.085 casos de zika contra 3.001 casos prováveis da doença no mesmo período do ano passado e 24.120 casos de chikungunya, uma redução de 36,3% em relação aos 37.874 casos do ano passado.
Segundo o estudo, 994 municípios brasileiros possuem alto índice de infestação pelo mosquito, podendo registrar surtos de dengue, zika e chikungunya. O número representa 20% das cidades pesquisadas.
Outros 2.160 municípios se encontram em situação de alerta e 1.804 têm índices considerados satisfatórios. Das capitais, apenas 5 se encontram com índice satisfatório: Boa Vista, João Pessoa, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
Goiânia e outras 15 capitais estão em situação de alerta e Cuiabá está classificada como risco de surto.
Com base nas informações coletadas pelo LIRAa, é possível a identificação dos bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito e o tipo de criadouro predominante.
Os principais tipos de criadouros identificados no país foram de armazenamento de água no nível do solo, como tonéis e barris, depósitos móveis, como vasos, frascos, pratos e garrafas retornáveis, e por último depósitos encontrados em lixo, como plásticos, garrafas PET, sucatas e entulhos de construção.
O levantamento tem por objetivo permitir que os municípios tenham condições melhores de planejar ações de combate e controle do mosquito.
Thaysa Alves
Foto Capa: Arquivo Portal Panorama
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