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O clima de Jataí, tem as condições ideais para o desenvolvimento de uma fruta exótica e disputada nas principais capitais do Brasil, vendida por até R$ 45 o quilo...

O clima do Cerrado goiano, quente e seco, tem as condições ideais para o desenvolvimento de uma fruta exótica e disputada nas principais capitais do Brasil, vendida por até R$ 45 o quilo. “Na primeira vez que eu fui levar 30 caixas de pitaia na Ceasa para vender, rapaz, a procura foi tanta que só um atacadista comprou os 500 quilos que eu levei”, conta o produtor José Carlos Gomes, de Vianópolis.

De cerca de 700 pés da fruta, em 2016, ele ampliou a produção para mais de 7 mil plantas, que geraram, em 2020, uma produção de 30 toneladas. “Levando em conta que é o segundo ano de produção e que a pitaia chega ao auge de produtividade a partir do terceiro ao quarto ano, as perspectivas são boas”, completa o agricultor.

Além de José, Goiás conta com pelo menos outros seis produtores de pitaia atualmente, segundo informações da Federação de Agricultura do Estado (Faeg). Nos cálculos do agricultor, que inclui colegas que iniciaram o plantio em menor escala, esse número chega a 15 produtores. “Esse movimento começou com pequenos produtores e está se difundindo muito em regiões de assentamento, principalmente em áreas como Flores de Goiás, Cabeceiras, Jatai. São municípios goianos onde tem assentamento com essa produção”, relata a supervisora de horticultura e fruticultura do Senar Goiás, Ana Paula Belo, ao destacar a facilidade de manejo da pitaia.

“A cultura da pitaia demanda um pouco menos de mão de obra e tratos culturais. Então fica fácil os pequenos produtores trabalharem. E também, para produzir, não precisa de grandes extensões, em áreas pequenas se produz bem”, explica Ana Paula. No caso de Gomes, que antes de se dedicar à pitaia cultivava tomates e pimentões, a substituição permitiu reduzir não só a mão de obra, empregada hoje apenas em dias de colheita, mas também os gastos com sanidade. “Não uso defensivo nenhum na minha pitaia. Exceto quando entra um pulgãozinho, eu vou com o borrifador mesmo e aplico só naquele local.

Então não gasto nada com defensivo”, relata o produtor. Com pouco custo e alta rentabilidade, Gomes conseguiu recuperar o investimento feito na implantação da lavoura em apenas dois anos.

“Eu vi que era bom, comecei a investir e hoje vivo disso. Deixei tomate, deixei tudo, trabalho só com pitaia e vendo mudas para todo o país. E até para fora”, resume o agricultor, que revelou sua mais recente venda internacional, para o Paraguai. “Tem ido pitaia minha para São Paulo, Brasília, Minas Gerais, redes de hipermercados grandes têm me procurado, graças à qualidade. Então não tem faltado comprador para a minha mercadoria”, comemora o produtor.

Fonte: Revista Globo Rural
Foto Capa: Divulgação
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