Mesmo com diploma, mulheres ganham até 37% menos que homens

O Censo Demográfico 2022, divulgado nesta quinta-feira (9/10) pelo IBGE, mostra que a desigualdade salarial entre homens e mulheres continua elevada no Brasil. Mesmo com ensino superior completo, as mulheres ainda recebem menos.
O rendimento médio nominal mensal de todos os trabalhos é de R$ 2.506 para mulheres, valor 19,6% inferior ao dos homens, que recebem R$ 3.115. Entre trabalhadores com ensino superior, a diferença aumenta: os homens ganham, em média, R$ 7.347, enquanto mulheres recebem R$ 4.591, uma disparidade de 37,5%.
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Apesar da desigualdade, mais mulheres ocupadas têm ensino superior completo do que homens: 28,9% contra 17,3%. Isso mostra que escolaridade sozinha não garante igualdade salarial.
O levantamento também traz dados sobre a distribuição de renda no país. O Índice de Gini, que varia de 0 a 1, registrou 0,542 em 2022. Quanto mais próximo de zero, maior a igualdade; quanto mais perto de 1, maior a concentração de renda.
As regiões Norte (0,545) e Nordeste (0,541) apresentaram os maiores índices de desigualdade. Nessas regiões, os rendimentos médios domiciliares per capita são os mais baixos do país. Já a Região Sul teve o menor índice (0,476), indicando distribuição de renda mais equilibrada. Sudeste (0,530) e Centro-Oeste (0,531) ficaram em posição intermediária.
O Censo reforça que, mesmo com maior escolaridade, as mulheres continuam enfrentando desigualdade no mercado de trabalho. Além disso, a concentração de renda permanece desigual entre as diferentes regiões do Brasil.
Por Gessica Vieira
Foto: Reprodução
Jornalismo Portal Pn7
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