Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revelou que de cada dez consumidores que estão ou que ficaram inadimplentes nos últimos dozes meses, um deles, ou seja, 11,2% foi por conta de ter “emprestado” o nome para outra pessoa realizar compras ou fazer empréstimos.
Ainda segundo este levantamento, esta inadimplência em relação ao fato de “emprestar” o nome a terceiros, aconteceu principalmente com nome de amigos (26,6%) e irmãos (21%). Além disso, 39,6% dos entrevistados afirmaram que o principal motivo para “emprestar” seus dados foi de ajudar a outra pessoa por se sentirem sensibilizados, mesmo que tal atitude não seja muito adequada para as finanças.
Outro dado interessante da pesquisa aponta que em 69,2% dos casos, os envolvidos afirmaram que o relacionamento entre eles ficou abalado e que dos entrevistados que ficaram com o nome sujo por terem “emprestado” o nome, 82% ressaltaram que “nunca mais pretendem emprestar seus dados, cartões e cheques a terceiros”. Isso por conta da responsabilização por uma dívida que não é sua, provocando restrição ao consumo, inadimplência e também perda da amizade.
Por fim, de acordo com a pesquisa, 44,3% das pessoas que “emprestaram” o nome e se tornaram inadimplentes por conta disso, não cobraram o dinheiro de volta. Além disso, apenas 11,5% já receberam o valor integral que foi emprestado, sendo que 76,4% não receberam nada. Para o devedor, a principal justificativa por não arcar com a dívida é que não possui dinheiro para pagar (40,3%) e 15,1% afirmam que irão pagar quando arrumarem um emprego ou tiver aumento de salário.
Rosana de Carvalho – Site PaNoRaMa
Isso é lamentável, pois envolve coisas maiores do que dinheiro, caráter e honra, pode ser incluido nestes casos.
Como será que pessoas que descumprem sua palavra sentem-se nestes momentos?
Já vi devedores muito preocupados em não sujar o nome de quem emprestou, avisando antecipadamente se ocorre-se algum problema.
Podemos ajudar e muitas vezes devemos, mas o que não pode acontecer é o descumprimento do que foi acertado.