Foto: Vânia Santana - pn7.com.br

Programa Nacional de Imunização só avaliará inclusão do grupo no fim de maio...

A vacinação dos trabalhadores da Educação em Goiás não acontecerá antes do dia 27 de maio. Nesta data, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) deverá se reunir novamente com representantes do Programa Nacional de Imunização (PNI) para avaliar a possibilidade do adiantamento da imunização do grupo prioritário em todo o país.

A informação é do titular da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), Ismael Alexandrino, que também é vice-presidente do Conass. “Não é má vontade nossa. É uma questão técnica. Não tem como irmos contra isso. Até a nova reunião, não está autorizado”, esclarece Alexandrino. Goiás tem 106 mil profissionais do Ensino Básico e Superior, incluindo professores e trabalhadores administrativos.

A definição da nova data de discussão ocorreu durante uma reunião do conselho que foi presidida por Alexandrino na manhã de ontem (6) com o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e Arnaldo Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). Medeiros, de acordo com Alexandrino, foi o responsável por determinar que a discussão irá ocorrer no final do mês, quando acredita-se que a vacinação dos portadores de comorbidades estará mais adiantada. Em Goiás, esse grupo, que tem 616 mil pessoas, começou a ser vacinado esta semana.

Em nota, Ministério da Saúde informou que, de acordo com a concretização dos cronogramas de entrega, as doses de vacina são enviadas para os Estados e que semanalmente, em acordo tripartite (Ministério, Conass e Conasems), se reúnem para discutirem e monitorarem o cronograma de entrega das vacinas, sendo que o trio também foi o responsável pela elaboração do Plano Nacional de Operacionalização (PNO) da Vacinação contra a Covid-19.

O ministério destacou ainda que quanto mais doses chegam, mais grupos prioritários são contemplados, sendo que “Estados e municípios têm autonomia para seguir com a campanha de vacinação, de acordo com demandas locais”. A reportagem questionou o Ministério da Saúde sobre a data estipulada por Medeiros para nova discussão, mas até o fechamento desta edição não teve resposta.

Explicações

Entretanto, Alexandrino diz que uma série de acontecimentos não permitem que a imunização do grupo ocorra agora. Além da determinação do PNI, ele aponta que recomendações do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) e do Ministério Público Federal (MPF) também impedem o início da vacinação desses trabalhadores. “Eles recomendaram que nós não comecemos a vacinação de nenhum grupo fora da ordem definida pelo PNI”, lembra. Atualmente, a prioridade da imunização é dos portadores de comorbidades.

O titular da SES-GO afirma que a cassação, nesta segunda-feira (3), pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski de uma liminar que autorizava a vacinação de professores e de profissionais da área de segurança no Rio de Janeiro e a suspensão, nesta terça-feira (5), pelo ministro Edson Fachin, da sentença do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) que autorizava a vacinação contra a Covid-19 dos integrantes das forças de segurança pública e salvamento também influenciam o cenário.

Segurança Pública

Alexandrino explica ainda que justamente por conta das decisões judiciais e das ações do Ministério Público não é possível iniciar a vacinação desse grupo da mesma maneira que foi feita com as forças de segurança e salvamento, que começou no final de março com destinação de 5% das remessas para o grupo.

Ele diz ainda que, na época, houve a movimentação pela inclusão desses profissionais por conta do grande quantitativo de trabalhadores das corporações que estavam adoecendo e até mesmo morrendo. “Eles trabalham no front junto com os profissionais da saúde nas fiscalizações, por exemplo”, destaca. A vacinação foi aprovada pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB) e colocada em prática por meio de decreto estadual. “É preciso reforçar que, depois que aprovamos, o PNI também aprovou que esse grupo fosse vacinado, destinando 6% das doses para eles. Não fizemos nada fora do que foi definido pelo governo federal”, diz.

Goiânia imunizou 18,7% da população

Goiânia imunizou 18,7% da população com a primeira dose de proteção contra a Covid-19. Em números absolutos o que corresponde a 283.862 aplicações, conforme dados disponíveis no portal #Imunizagyn da Prefeitura.
A segunda dose chegou ao braço de 172.193 pessoas (11,4%).

A Prefeitura segue com a vacinação contra a Covid-19 para a fase 1 das pessoas com comorbidades, para profissionais da saúde e também na aplicação da primeira e da segunda dose do imunizante em idosos hoje (7). Ao todo, 27 postos de imunização estão aptos a funcionar na capital entre 8h e 17h.

Para o grupo específico com comorbidades, como determinado pelo Ministério da Saúde, estão disponíveis doses das vacinas Astrazeneca/Fiocruz e Pfizer/BioNTech em 18 postos, todos para pedestres, mediante agendamento pelo aplicativo Prefeitura 24 horas.

O agendamento pelo aplicativo Prefeitura 24 horas é necessário para trabalhadores da saúde e pessoas com comorbidades.

O grupo de quem tem comorbidades formado por 120 mil pessoas. No primeiro dia para este público, 2.227 receberam a proteção, conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde da capital.

Para todas as pessoas a documentação exigida inclui documentos pessoais (RG e CPF)e comprovante de endereço.

Para o grupo com comorbidades é necessário apresentar Formulário para vacinação do grupo das comorbidades.

Os postos de vacinação de Goiânia reservados para o público com comorbidades têm capacidade para receber 400 pessoas por dia. Mas, na quarta-feira, muita gente ainda tinha dúvidas sobre a documentação necessária.

Na impossibilidade de preenchimento do formulário, vale laudo ou relatório médico emitido há menos de 12 meses. Gestantes ou puérperas (mulheres com até 45 dias após o parto) precisam apresentar cópia e original de relatório médico ou prescrição médica da vacina com a indicação da comorbidade.

Também está sendo ministrada a primeira dose em pessoas a partir de 60 anos, além do reforço da Coronavac em quem tem 64 anos ou mais, cujas iniciais sejam de N a Z.

Fonte: O Popular
Foto Capa: Vânia Santana – Portal Panorama
Jornalismo Portal Panorama
panorama.not.br

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