Foto: Vânia Santana
Em nota, o Sindicato Rural de Jataí, que afirma falar em nome de “todos os produtores rurais” do município, diz ser contra a pretensão do governo de Goiás de criar uma nova contribuição sobre a produção agropecuária.
A proposta vai de encontro com o que outros estados da região Centro Oeste já fazem e pretende mitigar o impacto da perda de receitas provocada pelas mudanças na cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços (ICMS) dos combustíveis e da energia – o projeto de lei do Orçamento do estado de 2023, prevê perda de R$ 5,5 bilhões de receita de ICMS.
Segundo a minuta preliminar do projeto, a cobrança incluiria operações internas e externas de todos os setores, o estado considera cobrar média de até 5%, com percentuais variados por setor e os retornos seriam prioritariamente para o próprio setor, com investimentos em infraestrutura.
O Sindicato Rural de Jataí destaca na nota que os custos de produção têm aumentado, que o valor agregado dos produtos é baixo e que uma nova tributação poderia dificultar a produção e prejudicar a economia.
Atualmente o estado de Goiás é um dos líderes na produção agropecuária, mas especialistas têm destacado a importância de intensificar a industrialização dos produtos primários, fortalecendo o valor agregado à cadeia com mais processamento e a geração de empregos.
Pesquisa da Embrapa Agroenergia apontou, em 2020, que as principais frentes de atuação a serem trabalhadas para o fortalecimento do setor são: proposta de políticas setoriais que potencializem a industrialização da soja no país; aumento da produção animal em sistemas semi-intensivos ou intensivos; incentivo a programas de melhoramento genético de soja nacional para recuperação do teor de proteínas de soja e inclusão do farelo de soja na pauta de negociação comercial com a China.
Por Estael Lima
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