Mortes por hipertensão! Sal rosa do Himalaia, com maior teor de minerais. Sal marinho, com menor quantidade de processos químicos. Sal light, com reduzido teor de sódio. Independentemente das diferenças, a recomendação é a mesma para todos. “Embora apresentem características distintas que, por vezes, sugiram maior cuidado, não devemos abusar. Afinal, continua sendo sal, mesmo com algumas características específicas. O consumo excessivo de sal ao longo do tempo aumenta o risco de pressão arterial elevada, o que pode desencadear outros problemas, às vezes graves e agudos”, afirmou o nutrólogo Andrea Bottoni.
As mortes por hipertensão aumentaram 72% no Brasil em uma década. Essa doença está associada a problemas cardíacos e AVC. A quantidade máxima de sal recomendada pela Organização Mundial da Saúde para consumo diário é de uma colher de chá. No entanto, de acordo com o Ministério da Saúde, os brasileiros consomem quase o dobro disso diariamente.
Existem diferentes tipos de sal que usamos na cozinha, seja ao cozinhar ou ao adicionar em alimentos prontos. Além disso, o sal industrializado é outro fator preocupante. Por exemplo, um macarrão instantâneo pode conter quatro gramas de sódio, enquanto uma pizza congelada pode conter três gramas.
“A questão não é apenas reduzir o consumo de sal, que geralmente é excessivo. A mensagem é descobrir outros sabores, explorar o sabor natural presente nos alimentos e usar outros elementos”, disse Bottoni.
Goiás tem alta incidência de obesidade e hipertensão, diz governo
Goiás tem alta incidência de obesidade e hipertensão. A informação é da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), com base no resultado do primeiro inquérito de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas Não Transmissíveis por Inquérito Telefônico (Vigitel).
Segundo o governo estadual, a pesquisa indica que 22,6% dos adultos em Goiás já tiveram um diagnóstico médico de hipertensão, 13,1% são fumantes e 57,3% se declararam acima do peso. O levantamento ocorreu de janeiro a abril de 2022, com mais de 5 mil adultos.
Para o secretário da Saúde de Goiás, Sérgio Vencio, os dados são preocupantes. “Primeiro, é muito importante que se tenha o dado. Com ele, é possível mapear todos os fatores de risco da população. Com essas informações consolidadas, já é possível afirmar que a situação geral é preocupante, considerando, por exemplo, que um a cada quatro goianos têm hipertensão arterial”, avaliou.
Ainda segundo ele, o pós pandemia aumentou o sedentarismo e o consumo de bebidas alcoólicas. “Essas características impactam no ganho de peso, que está na base das inflamações que geram a diabetes, a hipertensão e as doenças cardiovasculares. Esse é um dado extremamente preocupante, e precisamos combater esse cenário, juntamente com os municípios.”
Superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim diz que a pesquisa poderá subsidiar políticas públicas. “Com o inquérito é possível identificar onde devemos agir com mais ênfase e realizar o monitoramento das ações implantadas, observando se tiveram o impacto esperado. Com os números, é possível personalizar as ações, atendendo a necessidade de cada localidade.”
Fonte: Mais Goiás
Foto: Reprodução
Jornalismo Portal Panorama
panorama.not.br