Em alta, estão trabalhos ligados a tecnologia digital e transição energética. Em risco, aparecem os caixas e a turma da área administrativa.

Os avanços tecnológicos, como os proporcionados pela inteligência artificial (IA), as transformações nas cadeias de suprimentos, as mudanças no perfil dos consumidores e a transição verde. Esses são os fatores que mais têm impulsionado alterações no mercado de trabalho ao redor do planeta. E a previsão é de que, até 2027, 23% das ocupações hoje existentes sofram modificações.

Com base em informações como essas, o relatório “O Futuro do Trabalho 2023”, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial, que organiza o Fórum de Davos, na Suíça, em parceria com Fundação Dom Cabral, no Brasil, identificou os dez empregos que mais devem crescer até 2027. Em contrapartida, definiu os dez que tendem a desaparecer nesse mesmo período.

Vão subir

Entre os postos de trabalho em ascensão, constam:

  1. Especialistas em IA e aprendizagem de máquina;
  2. Especialistas em sustentabilidade;
  3. Analista em inteligência de negócios;
  4. Analista de segurança da informação;
  5. Engenharia de fintechs;
  6. Cientistas e analistas de dados;
  7. Engenharia de robótica;
  8. Especialista em Big Data;
  9. Operadores de equipamentos agrícolas;
  10. Especialistas em transformação digital.

Outras profissões, como as de arquitetos e agrimensores, engenheiros de energia renovável e engenheiros de instalação e sistema de energia solar, terão crescimento relativamente alto, à medida que as economias mudam para a energia renovável.

Apenas duas tecnologias não devem apresentar saldos positivos de empregos nos próximos cinco anos: robôs humanoides e robôs não humanoides.

Educação em alta

Espera-se que os postos de trabalho na educação cresçam cerca de 10% nos próximos cinco anos, levando a 3 milhões de empregos adicionais para professores de cursos profissionalizantes e universitários. Acredita-se também que os empregos para profissionais do setor agrícola, como operadores de máquinas niveladoras, registrem um aumento de 15% a 30%, resultando na criação de mais 4 milhões de empregos.

Outros 2 milhões de postos de trabalho devem ser abertos em atividades digitais, ligadas ao comércio eletrônico e ao marketing nesse segmento.

De acordo com o estudo, outras profissões com bom potencial de crescimento são:

  • Mecânicos e reparadores de máquinas;
  • Profissionais de desenvolvimento de negócios;
  • Operários de construção em estrutura metálica;
  • Professores universitários e do ensino superior;
  • Engenheiros eletrotécnicos;
  • Trabalhadores de chapas e estruturas metálicas, moldadores e soldadores;
  • Professores de educação especial.

Vão sumir

Segundo o relatório “O Futuro do Trabalho 2023″, os principais postos de trabalho que devem desaparecer são:

  1. Caixas de banco e funcionários relacionados;
  2. Funcionários dos Correios;
  3. Caixas em geral e cobradores;
  4. Escriturários de entrada de dados;
  5. Secretários administrativos e executivos;
  6. Assistentes de registro de produtos e estoque;
  7. Escriturários de contabilidade;
  8. Oficiais judiciários;
  9. Atendentes estatísticos, financeiros e de seguros;
  10. Vendedores de porta em porta, ambulantes e trabalhadores relacionados.

Por Carlos Rydlewski
Foto: Getty Images
Jornalismo Portal Panorama
panorama.not.br

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