Retrofit: preservação de condomínio pode valorizar apartamentos

Retrofit é um processo de reforma que objetiva restaurar prédios antigos preservando a arquitetura original e adequando-os à legislação vigente. Para isso, é feita uma reforma com materiais resistentes e de alta qualidade para manter o edifício como um espaço arrojado e seguro.

De acordo com o Green Building Council (GBC) Brasil, uma das principais vantagens do retrofit é valorizar o projeto para o mercado imobiliário, além de torná-lo sustentável e apropriado para a atualidade.

A partir do retrofit, condomínios tornam seus apartamentos à venda mais modernos e com valor de mercado. Na prática, os profissionais responsáveis por um projeto nessa modalidade precisam planejar o edifício como qualquer outro. O desafio, no entanto, é preservar a sua arquitetura original.

Essa técnica pode ser usada para reformar a fachada, com renovação total ou parcial dessa parte do edifício e adequação das condições externas ambientais.

Além disso, costuma-se aplicá-la quando há a necessidade de renovar instalações elétricas, adequar o sistema hidráulico de um prédio e repaginar as estruturas e revestimentos — como alvenaria, acabamento e fundação.

Retrofit e sustentabilidade

Segundo o GBC Brasil, o retrofit é uma tendência no design e na arquitetura. A prática surgiu na Europa para solucionar o problema de inutilização de inúmeros edifícios antigos, históricos e com tecnologias ultrapassadas.

Desde 2005, a sigla ESG — environmental, social and corporate governance ou governança ambiental, social e corporativa — ganhou força. Nesse sentido, temas como sustentabilidade e preservação ambiental garantiram lugar nas estratégias empresariais.

O crescimento de cidades e a limitação dos territórios são fatores que têm levado companhias imobiliárias a buscar alternativas para que seja possível manter suas atividades alinhadas a diretrizes de sustentabilidade.

Nesse cenário, empreendedores desenvolveram incorporações imobiliárias a partir da reforma e do acréscimo de construções já existentes, como no caso do retrofit.

Trata-se, portanto, de uma opção mais sustentável também em termos ambientais, pois a técnica contribui para o reaproveitamento de edificações existentes, gerando menos resíduos e alinhando diretrizes de revitalização das cidades.

Benefícios do retrofit em condomínios

Muitas obras de retrofit ocorrem devido a instalações antigas e inapropriadas nas partes elétrica e hidráulica. Vale lembrar que a revitalização não é limitada a construções e edifícios, e pode ser aplicada em grandes áreas urbanas, como parques e espaços públicos.

Conforme o GBC Brasil, as etapas de uma obra de retrofit incluem demolição controlada; reforço de estrutura; fechamento; acabamentos; substituição e modernização da parte elétrica, telefonia e dados; hidráulica e ar-condicionado; pisos e revestimentos; e, por fim, a fachada.

Quando realizada em condomínios, a reforma a partir da técnica pode valorizar os apartamentos à medida que dá espaço a tecnologias atuais e mais resistentes na utilização e comando dos recursos das construções.

Empreendimentos residenciais, assim, podem receber atualizações das instalações hidráulicas e elétricas, fachadas e equipamentos das áreas comuns, como elevadores, mobiliários e sistema de iluminação, dando lugar ao novo.

Essa modernização contribui para que os condomínios e seus apartamentos adquiram mais valor no mercado imobiliário, reduzindo a distância em relação aos preços dos imóveis novos.

Foto: Freepik
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