HPV e Câncer do Colo do Útero: A prevenção começa com o papanicolau

Você sabia que o câncer do colo do útero é o terceiro tipo mais comum entre as mulheres no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA)? Ainda assim, é uma doença altamente prevenível e tratável quando identificada precocemente.

Por Lara Souza / Enfermeira Obstétrica

Esse tipo de câncer está associado ao comportamento sexual e à infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), principal fator de risco. O HPV pode ser classificado como de baixo ou alto risco, de acordo com seu potencial oncogênico, sendo os tipos 16 e 18 os mais prevalentes e frequentemente associados ao carcinoma cervical invasor.

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Apesar de ser prevenível, o câncer do colo do útero continua sendo um grave problema de saúde pública no Brasil. A principal forma de rastreamento é o exame preventivo Papanicolau, aliado à vacinação contra o HPV. Um dos grandes desafios dos serviços de
saúde é garantir a adesão das mulheres à realização periódica do exame, essencial para a detecção precoce.

O exame Papanicolau não apenas contribui para a identificação precoce de lesões que podem evoluir para câncer se não forem tratadas, como também representa uma excelente oportunidade para conscientizar as mulheres sobre a importância do cuidado com a saúde ginecológica. Além disso, permite o diagnóstico de infecções comuns, como candidíase vaginal e vaginose. Vale destacar que a detecção precoce de alterações celulares no colo do útero aumenta significativamente as chances de tratamento e cura.

O exame pode ser realizado por enfermeiros ou médicos e é recomendado para mulheres entre 25 e 64 anos que já iniciaram a vida sexual. Inicialmente, deve ser feito anualmente e, após dois resultados consecutivos normais, pode passar a ser realizado a cada três anos.

Atualmente, está em debate no Brasil a substituição gradual do Papanicolau pelo teste primário de HPV, que poderia ser realizado a cada cinco anos. A recente atualização das diretrizes do Ministério da Saúde, em parceria com a FEBRASGO, já recomenda essa transição, alinhando o país às orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a eliminação do câncer do colo do útero.

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Prevenir é um ato de amor com você mesma.
Não espere a doença chegar.