A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) encontrou diversas notas de R$ 200 dentro de um livro e dentro de caixa de sapato ao cumprir mandados de busca e apreensão pela Operação Spettro, que investiga grupo suspeito de lavagem de dinheiro em Goiás. Segundo o delegado Bruno Zane, a Polícia Federal prendeu em flagrante um suspeito que portava uma arma de fogo durante a operação em Goiânia.
Os nomes dos suspeitos não foram divulgados e por isso o g1 não obteve contato da defesa para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.
A operação foi realizada pela Polícia Federal, com apoio da Polícia Militar, e cumpriu, na manhã desta sexta-feira (22), 14 mandados de busca e apreensão em Goiás, na capital e em Aparecida de Goiânia, em Caucaia (CE), Porto Velho (RO) e em Pontes e Lacerda (MT) .
De acordo com a Polícia Federal, as investigações começaram em abril deste ano, após denúncia de que um grupo de pessoas com antecedentes criminais estavam movimentando grandes somas de dinheiro sem justificativa legal. “Quase todos os alvos da operação têm antecedentes de tráfico de drogas, alguns homicídios, alguns de grande periculosidade”, declarou o delegado.
A Polícia Federal informou que 14 pessoas são investigadas na operação. Na manhã desta sexta-feira (22), foram apreendidas quatro armas de fogo, diversas munições, R$ 20 mil em espécie e documentos. Entretanto, a Polícia Federal não soube informar quantos reais o grupo investigado submeteu à lavagem de dinheiro. Não informou também a profissão da pessoa presa em flagrante.
As investigações da Polícia Federal revelaram que os suspeitos estariam ocultando e dissimulando valores em dinheiro por meio de uma rede de movimentações entre contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas. Segundo as informações da Polícia Federal, os suspeitos usavam intermediários como familiares e ex-companheiros na rede de transações.
O delegado informou que os suspeitos utilizavam empresas para lavar dinheiro e colocá-lo de forma limpa no mercado. “Verificamos que várias pessoas não tinham laço patrimonial para movimentar essa quantidade de dinheiro. Inclusive, muitas pessoas recebiam Auxílio Emergencial e estavam movimentando por volta de milhões. As empresas constituídas não tinham empregados”, relatou o delegado.
Por Tatiane Barbosa, g1 Goiás
Foto: Divulgação/Polícia Federal
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