O que é verdade e o que é mentira sobre os medicamentos manipulados

Foto: Pixabay/Pexels

É preciso tomar cuidado com a automedicação e com a procedência dos produtos.

Será que o medicamento manipulado é igual ao da drogaria convencional? Tem o mesmo efeito? É mais barato? Mais natural? Essas são algumas dúvidas comuns de pacientes que precisam de tratamento farmacêutico com medicação manipulada, também conhecida por medicação magistral.

A orientação geral da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag) é para que as pessoas tomem sempre cuidado e recorram a profissionais habilitados a receitar.

Enquanto os medicamentos farmacêuticos são produzidos nas indústrias em grande escala, planejados para atender necessidades gerais da população, os manipulados são feitos para atender a uma prescrição de um paciente específico.

Indicações

O fator decisivo que leva paciente e médico a optarem por um remédio manipulado é a necessidade de personalização da fórmula. As dosagens e concentrações dos ativos são específicas e atendem às necessidades individuais.

O remédio magistral pode ser prescrito ao uso humano ou veterinário, sendo que todo o fluxo de manipulação deve seguir critérios e padrões estabelecidos pela farmácia, conforme legislação vigente.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determina que sejam seguidas as práticas de manipulação de preparações magistrais e oficinais descritas na RDC nº 67, de 8 de outubro de 2007.

Dúvidas mais comuns em relação aos manipulados

Para alguns problemas, as dúvidas são recorrentes. Há uma infinidade de produtos, por exemplo, que prometem o crescimento dos cabelos, porém, o Minoxidil é um medicamento específico para tal, desenvolvido a partir de pesquisas.

Esse é o caso também do Tadalafila, prescrito especificamente para tratar a disfunção erétil, aumentando o fluxo sanguíneo para o pênis, quando o homem tem dificuldade de ter ou manter a ereção.

A Startup 99fórmulas, que realiza a cotação de receitas de manipulados digitalmente, com base nos relatos de clientes e com o auxílio de farmácias cadastradas na rede, fez um levantamento com os cinco maiores mitos e verdades sobre medicações manipuladas.

As dúvidas mais frequentes são em relação ao preço dos manipulados, à necessidade de receita e se eles são mais naturais ou não em relação aos industrializados. As pessoas também questionam se qualquer medicamento pode ser manipulado e se eles são mais eficientes em comparação com os convencionais.

Mitos e verdades sobre os manipulados

Trata-se de um mito a afirmação de que todo medicamento manipulado é mais barato. Em alguns casos esse remédio pode sair mais em conta, uma vez que o cliente paga pelos ativos e quantidades exatos, sem desperdícios. Contudo, existem diversos medicamentos que saem mais caros, por serem produzidos artesanalmente.

Conforme orientação da Anfarmag, o ideal é que os manipulados sejam vendidos apenas com receita de profissional qualificado, seja médico, farmacêutico, nutricionista, dentista ou veterinário. Deste modo, quando utilizam de ativos controlados, eles precisam de receita tanto quanto remédios de drogarias convencionais, já que os princípios usados são os mesmos, muitas vezes.

Sobre o remédio manipulado ser mais natural que o industrializado, depende de cada caso. Isso porque a matéria-prima da medicação magistral costuma ter a mesma origem em relação a outros laboratórios tradicionais. Todavia, em alguns casos, se o profissional responsável verificar a viabilidade, é possível fazer uma fórmula com princípios ativos completamente naturais.

É parcialmente verdade dizer que o manipulado é mais eficiente que o industrial. Em quantidades iguais de matéria-prima, eles têm a mesma eficácia. O que ocorre é que, uma vez que o manipulado pode ter quantidades alteradas para suprir necessidades específicas de cada paciente, ele pode funcionar melhor.

Praticamente todos os remédios podem ser manipulados. Contudo, conforme ressaltado pela Anfarmag, existem algumas exceções de medicamentos que não são manipuláveis. Para verificar as possibilidades, é preciso consultar um profissional qualificado.

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