Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Los Angeles (UCLA), anunciaram resultados promissores de uma substância que pode revolucionar o tratamento contra a calvície. A molécula, batizada de PP405, vem sendo desenvolvida em laboratório há mais de uma década e, nos últimos dois anos, passou a ser testada em humanos com resultados animadores.
Segundo os cientistas, a aplicação da molécula foi feita diretamente no couro cabeludo de voluntários durante sete noites consecutivas, sempre antes de dormirem. O PP405 atua inibindo uma proteína que mantém os folículos capilares dormentes — um dos principais fatores que impedem o crescimento de novos fios. Ao ser aplicada, a substância reativa os folículos e estimula o nascimento de cabelos.
Um dos aspectos mais promissores observados pelos pesquisadores é a qualidade dos fios que nascem durante o tratamento. Diferente de outros produtos disponíveis no mercado, o PP405 gera fios mais espessos e com maior permanência, o que pode representar um diferencial decisivo no combate à calvície.
A calvície de padrão genético afeta mais da metade dos homens e cerca de 25% das mulheres até os 50 anos, de acordo com estudos prévios citados pelos cientistas. Além da genética, fatores como infecções, tratamentos médicos, estresse e envelhecimento também contribuem para a queda capilar.
“A maioria das pessoas, em algum momento da vida, lida com a queda de cabelo — seja por fatores genéticos, quimioterapia, infecções ou estresse. Isso tem um grande impacto emocional”, afirmou o professor William Lowry, do Departamento de Biologia Molecular, Celular e do Desenvolvimento da UCLA, um dos autores do estudo. “Embora nenhum tratamento funcione para todos, nossos testes iniciais no Condado de Orange foram bastante encorajadores. Agora, partimos para estudos em maior escala.”
O próximo passo da equipe será ampliar a escala dos testes, com mais participantes e acompanhamento de longo prazo. Ainda não há previsão para a liberação comercial do produto, mas a descoberta é considerada um avanço significativo no campo da dermatologia regenerativa.
Por Victor Santana Costa
Foto: Reprodução
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