21 de novembro de 2024

Celulares que foram apreendidos na cela do suspeito das extorsões após receber nudes (Foto: divulgação/PC)

De acordo com a Polícia Civil, detento fazia contato pela rede social com as vítimas e, após conseguir as fotos, se apresentavam como mãe e pai da suposta menor, advogado e até mesmo um delegado...

O Grupo de Repressão a Crimes Patrimoniais (Gepatri) de Rio Verde descobriu que um detento da Casa de Prisão Provisória de Jataí estava se passando por mulher e pedindo fotos íntimas para homens, por meio de um telefone celular a que ele teve acesso. De posse dos nudes, o preso, de 33 anos, partia para a etapa seguinte do golpe: extorquir as vítimas sob ameaça de divulgar as fotos.

O delegado Danilo Fabiano afirma que as investigações tiveram início há dois meses, quando uma das vítimas procurou a delegacia. A Polícia Civil cumpriu um mandado de prisão e cinco mandados de busca e apreensão em três residências que estão veiculadas ao suspeito.

A Polícia Civil apreendeu 11 celulares que estavam escondidos em fundos falsos de paredes e camas das celas. “Ele procurava as vítimas pelas redes sociais. Pela conversa, ele se passava por mulher e mandava fotos íntimas para a vítima até o momento de ganhar confiança. Logo depois, quando recebia de volta os nudes das vítimas, ele se identificava de várias maneiras e começava a extorsão”, conta.

O suspeito se identificava como uma falsa mãe ou pai da suposta menor e exigia dinheiro para não formalizar denúncia na polícia ou divulgar as fotos na internet. A audácia do suspeito era tamanha que, em um dos diálogos com a vítima, ele se passa por um delegado para realizar a extorsão. Em alguns diálogos, ele se apresenta como advogado, que orienta a vítima a pagar R$ 3 mil para não responder pelo processo.

“Já tivemos o conhecimento de 10 vítimas pelo o que foi apurado nos telefones apreendidos. Os valores cobrados variavam de R$ 1 mil a R$ 5 mil, mas não temos como mensurar os valores. Vale ressaltar que as vítimas não era apenas de Goiás, mas também de outros estados”, destaca.

O delegado conta que as investigações continuam para identificar a participação de mais pessoas que participavam do esquema do criminoso, inclusive de demais detentos. Agora, ele responderá por extorsão e associação criminosa.

Fonte: Mais Goiás
Foto Capa: divulgação/PC
Jornalismo Portal Panorama
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