
Os recursos para investimentos nas universidades federais em 2017 poderão sofrer um corte de até 45% pelo governo federal. O montante para custeio, por sua vez, deverá ter queda de aproximadamente 18%. Os valores para investimentos deverão ser reduzidos em cerca de R$ 350 milhões a menos para as 63 universidades federais quando comparado ao valor deste ano, que é de R$ 900 milhões.
Esta previsão foi publicada nesta semana no Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle, portal do Ministério da Educação (MEC) que é responsável pelo orçamento. Ressalta-se que estes valores poderão ser modificados e devem estar inseridos no Projeto de Lei Orçamentária Anual, que será entregue ao Congresso Nacional até o fim deste mês.
Para o MEC, esta atual previsão de corte de investimentos é realista e não se assemelha aos anos anteriores, em que ocorreram contingenciamentos no orçamento. Além disso, ressaltou que é uma maneira de se alinhar ao equilíbrio fiscal por conta da crise que o país enfrenta. Já para a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), esta redução não possui justificativa e se realmente ocorrer, muitos programas serão reduzidos.
Lembrando que as universidades federais passam por situações de corte de verbas desde o fim de 2014 e ainda sofrem com inflação elevada, 8,7% nos últimos 12 meses, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Por outro lado, a quantidade de alunos que estudam em instituições federais aumentou, sendo que em 2004 havia 574 mil alunos nestas universidades e dez anos depois, em 2014, este número cresceu para 1,180 milhão de estudantes.
Rosana de Carvalho – Site PaNoRaMa