Na publicação, a médica veterinária Sarah Fernandes replicou um vídeo com registros da última viagem com o marido e disse que não sabe como vai viver sem ele.

A viúva de Marco Antônio de Oliveira Viu, professor que morreu após ser espancado com pedradas e chutes em frente a um bar em Jataí, no sudoeste goiano, lamentou em rede social a perda do marido. Na publicação, a médica veterinária Sarah Fernandes replicou um vídeo com momentos registrados da última viagem com o marido e disse que o esposo era uma pessoa muito boa para estar nessa Terra.

Nossa última viagem juntos. Um dos lugares que você mais amava. Você era bom demais para estar nessa Terra!”, escreveu a mulher.

Mais abaixo, Sarah escreveu que não sabe como seguirá sem a alegria dele. “Você foi atrás do sol, por favor me ilumine daí! Eu não sei como viverei sem você, sem sua alegria!”.

Na rede social de Marco Viu, o vídeo publicado em janeiro deste ano, o mesmo usado na homenagem de Sarah, relembra registros de uma viagem na Chapada dos Veadeiros, em Alto Paraíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal.

Agressão

O professor universitário ficou internado durante 9 dias em estado grave no Hospital Santa Mônica, em Aparecida de Goiânia, após ser agredido com pedradas e chutes na saída de um bar . Segundo a Polícia Civil, quatro homens são suspeitos de estarem envolvidos na violência, sendo todos jovens. Um de 20, dois de 22 e um de 23 anos.

O caso aconteceu na madrugada do dia 29 de junho e foi registrado por uma câmera de segurança (assista ao vídeo acima). Após o ataque, os suspeitos fugiram em um carro, mas depois foram localizados. Segundo o delegado do caso, Marlon Souza, o professor estava em um bar, já os agressores, em uma festa ao lado do estabelecimento.

Na saída dos dois locais, de acordo com o delegado, os envolvidos se encontraram e começaram uma discussão por causa de um celular esquecido em cima do carro , que resultou na violência. Até então, conforme a PC, os investigados e a vítima não se conheciam.

O quarto investigado se apresentou voluntariamente na delegacia, sendo então cumprido o mandado [de prisão]. Durante o interrogatório, ele disse que eles [o grupo suspeito] iam entrar no lounge [local da festa] e, supostamente, um esqueceu o celular em cima do carro. Daí, voltam até o estacionamento e um deles teria iniciado uma discussão com o professor”, explicou.

O portal não conseguiu localizar a defesa dos investigados até a última atualização desta reportagem.

Marlon Souza disse à reportagem que os quatro suspeitos continuam presos e vão ser indiciados por homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel e diante da impossibilidade de defesa da vítima.

Homenagens

Nas redes sociais, por meio de uma nota, a Universidade Federal de Jataí (UFJ) lamentou a morte do professor Marco Antônio, que era docente do curso de Medicina Veterinária na instituição, e decretou luto oficial por três dias, suspendendo atividades administrativas e acadêmicas não essenciais.

A UFJ repudia veementemente o ato de violência que ceifou sua vida e solidariza-se com familiares, amigos e toda a comunidade universitária neste momento de dor. Em respeito à sua memória, a UFJ decreta luto oficial por três dias, suspendendo atividades administrativas e acadêmicas não essenciais”, escreveu a UFJ em nota.

O Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato) lamentou a morte do professor em nota e disse que ele “foi mais uma vítima da violência que insiste em ceifar vidas e abalar famílias, comunidades e instituições”.

Por Isadora Sátira
Foto: Reprodução
Jornalismo Portal Pn7

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