O outro lado: Manifestação de apoio ao professor Dr. Rogério Elias Rabelo

O outro lado: Manifestação de apoio ao professor Dr. Rogério Elias Rabelo

A partir desta segunda-feira (16), “a Frente de Apoio ao professor Dr. Rogério Elias Rabelo”, sem identificar quem estaria ligado ao movimento, divulgou através das redes sociais a “Manifestação de apoio ao professor Rogério Elias Rabelo”, onde em 4 (quatro) páginas tentou demonstrar que a demissão do servidor do quadro da Universidade Federal de Goiás (UFG) possui enquanto motivação “denúncias infundadas e sem nenhuma prova, simplesmente por mera crueldade, perseguição, inveja e irresponsabilidade”.

Professor da Medicina Veterinária é demitido da UFG após denúncias de assédio sexual

Em mais de 380 dias de Processo Administrativo Disciplinar, concluiu-se pelo desligamento do profissional, o que ganha notoriedade no ambiente acadêmico, bem como repercute na sociedade jataiense, em razão de ter como plano de fundo acusações ao docente de assédio sexual e estupro de alunas da instituição de ensino, fato que gera questionamentos de todos os lados.

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Além disto, de acordo com o manifesto, no bojo do procedimento interno, ainda existem denúncias de peculato, uso do espaço público para realização de cursos particulares, não cumprimento da dedicação exclusiva, obrigatoriedade de aquisição de livros de sua autoria nas disciplinas ministradas pelo docente e, também, assédio sexual de mais 3 (três) alunas do curso de Medicina Veterinária.

No texto, as denúncias de violência sexual são tratadas como “deslize conjugal”, trazendo argumento de que as relações foram consensuais, pois, nas palavras do grupo, “o docente foi denunciado por estupro de duas alunas após uma “noitada”, em que oito pessoas pernoitaram literalmente juntas em uma quitinete, mais especificamente, em uma mesma sala da pequena quitinete”. Logo, defende-se no arquivo que o caso se trata tão somente de relacionamento amoroso e que fora correspondido por ambas as partes envolvidas.

Quanto às demais denúncias, apenas citou-se que são injustas e que inexistem provas. Sendo assim, o conteúdo do documento parte da premissa de que o professor é inocente de todas as acusações e pede a revisão do processo pela universidade e Procuradoria-Geral da União (PGU).

A Universidade Federal de Goiás (UFG), por sua vez, esclareceu em nota que não fará pronunciamento sobre o assunto, uma vez que “a Reitoria da instituição já adotou o relatório da Comissão de Processo Administrativo Disciplinar e acatou o parecer da Procuradoria Jurídica que resultou na portaria n.º 3.729 de demissão de Rogério Elias Rabelo”.

Já o procurador Jorge Medeiros, responsável pelo ajuizamento do Inquérito Civil Público para apurar omissão da UFG no caso de estupro, em conversa com o portal de notícias “Mais Goiás”, não quis comentar o referido documento e apenas elucidou o seguinte: “posso dizer apenas que o MPF se manifesta nos autos e eles incluem um conjunto probatório formado por áudios, mensagens de aplicativo e provas testemunhais que conferem solidez e robustez ao demonstrar a autoria do fato e materialidade do crime, os quais ensejaram a propositura da ação penal em 2017”.

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Foto: Arquivo PaNoRaMa

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Redação Portal PaNoRaMa

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