Animais que vivem na rua tem mais chances de contrair doenças, e não devemos pensar só em doenças infecciosas, temos também os endo e ectoparasitas que podem debilitar o animal. Essa semana tivemos um caso de uma gata com um endoparasita, um verme chato cestódeos da Família Taeniidae. A famosa “solitária” costuma estar acompanhada e, portanto, não faz jus ao nome, e no intestino dessa gata haviam duas.
Existem várias tênias, e a espécie que parasita o gato é a TaeniaTaeniaeformis e muito comum nos felinos. Os platelmintos dessa classe são hermafroditas, apresentam o corpo em forma de fita com segmentação em anéis ou proglotes, que possuem os órgãos masculino e feminino. O verme adulto pode medir de dezenas a centenas de centímetros de comprimento no intestino de seu hospedeiro.
O rato é o hospedeiro intermediário, ou seja, o gato precisa se alimentar do rato infectado com cisticercos (larvas 1), logo após, as larvas ingeridas vão para o intestino delgado do gato e se tornam tênias adultas de 6 a 9 semanas após o gato se contaminar. A tênia cresce e seus segmentos finais (gravídicos) se rompem e saem nas fezes do gato, os ovos (oncosferas) são ingeridos por roedores, onde os cisticercos (larvas) ficam armazenados no fígado e o ciclo recomeça.
Segmentos da tênia que se parecem com grãos de arroz podem ser vistos nas fezes do gato. O animal infectado pode apresentar falta de apetite, palidez das mucosas, perda de peso, vômitos e diarreia e pelo sem brilho.
A prevenção é vermifugar e evitar que o animal saia para as ruas. A vacina deve ser feita à partir dos 30 dias de idade e com reforço aos 45 dias. Depois, a vermifugação deve ser feita a cada 3 meses. O tratamento também é a base de vermífugos, mas nem todos combatem as tênias. Pergunte ao veterinário de seu animal qual o melhor produto e protocolo de escolha.
Colunista: Jackelyne Dutra
Revisão: Rosana de Carvalho
Jornalismo Portal Panorama
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