
As duas espécies descobertas por pesquisadores do curso de Ciências Biológicas da UFG – Regional Jataí foram encontradas nos municípios de Jataí, Mineiros, Chapadão do Céu e Serranópolis. Segundo a professora doutora Luzia Francisca de Souza, responsável pela descoberta, uma das plantas faz parte da família dos ipês e da catuaba e se chama Neojobertia alboaurantiaca e o outro exemplar, por nome Bacharis sp, é um parente da carqueja.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A descoberta aconteceu quando um grupo de pesquisadores da UFG realizava trabalho a campo com o objetivo de identificar as plantas pertencentes à região sudoeste e oeste do estado. Apesar disso, como a própria professora Luzia afirmou em entrevista à nossa equipe, as espécies recém-descobertas já são consideradas ameaçadas de extinção.
Nossa equipe entrevistou a professora Luzia Francisca de Souza, que falou um pouco mais sobre as novas espécies das plantas. Confira abaixo:
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Catalogação de novas espécies
A primeira etapa para catalogar uma nova espécie consiste no trabalho sistematizado realizado a campo. Tal trabalho se intensificou no Brasil, como ressalta Luzia, com a regionalização das universidades federais, ou seja, com a criação de campus em cidades do interior como o que ocorreu com a UFG e a UFMT, por exemplo.
Nesta pesquisa sistematizada a campo, feita todos os meses, são coletadas todas as espécies que estão floridas e este material é levado ao laboratório para ser feita uma triagem, ou seja, observação das espécies recolhidas e a sua organização no herbário.
Dessa forma, para aqueles exemplares menos conhecidos, os quais se desconhecem a espécie ou família, são feitas imagens e posteriormente encaminhadas para os especialistas das determinadas áreas filogenéticas para estudos mais aprofundados.
Feita esta análise, a qual é um pouco demorada, a espécie é descrita com todas as suas características e então, publicada. Os exemplares das duas novas espécies estão no Herbário Jataiense.
Características das duas espécies descobertas


A importância dessas descobertas como pesquisadora e para a preservação do cerrado
Luzia afirmou que como pesquisadora, é uma grande satisfação saber que de alguma forma está colaborando com a história da botânica no Brasil. Além disso, esses achados são importantes na elaboração de políticas públicas para a conservação do cerrado que ainda existe no sudoeste goiano. Ou seja, busca-se com isso, aumentar a conscientização da sociedade organizada quanto à preservação da flora regional.
Rosana de Carvalho
Fotos: Vânia Santana / Alex Alves
Jornalismo Portal Panorama