Goiânia entrou na lista de cidades goianas com surto de diarreia aguda. Além da capital, outros 15 municípios enfrentam o referido problema. No total, Goiás registrou 3.041 casos da Doença Diarreica Aguda (DDA), segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO). De acordo com a pasta, é esperado o aumento de casos nos meses de agosto e setembro.
Conforme a SES, os municípios com surtos ativos da doença são: Campos Belos, Cavalcante e Monte Alegre, São Miguel do Araguaia, Nova Crixás, Aruanã, Britânia, Cachoeira Alta, Goiatuba, Caturaí, Caldas Novas, Porangatu, Goiânia, Inhumas, Trindade e Firminópolis.
Ainda de acordo com a Secretaria, Campos Belos foi o município com o maior número de casos notificados. O município agora começa a apresentar queda de 30,4% nas notificações. Na semana 31, a cidade teve 110 casos, enquanto na semana 32 o registro foi de 48 casos.
A SES disse que segue monitorando os municípios e auxiliando nas ações de controle. As hipóteses seguem sendo investigadas, com testes em andamento, e as principais são contaminação da água de postos particulares, com presença da bactéria Escherichia coli, e rotavírus.
O que é a diarreia aguda
De acordo com o cirurgião do aparelho digestivo, Antenor Couto, o termo técnico para a DDA é ‘gastroenterite’. “Normalmente, diarreia aguda é um quadro de manifestações intestinais, com diarreia, vômito, cólica, que se inicia de forma súbita e dura em média de três a sete dias. Na maioria das vezes, é autolimitada e tem uma tendência de recuperar com medidas básicas de reidratação e uma alimentação mais leve”.
Ele explica que existem muitos agentes causadores, como vírus, sendo o mais comum o rotavírus, e bactérias. No segundo caso, trata-se da Escherichia coli ou Ecoli. “Essa bactéria normalmente pode habitar o intestino de algumas pessoas sem causar nenhum dano. Porém, existem algumas cepas que são nocivas e, ao entrarem em contato com essa bactéria, vêm os sintomas da gastroenterite.” Neste caso, há um processo inflamatório no intestino, que gera dor abdominal e aumento das evacuações, podendo causar prostração, febre baixa e vômitos.
É possível, segundo o médico, ter contato com a bactéria por meio de alimentos e água contaminados, ou por contato mais íntimo com pessoas que já estão com a doença. Por isso, ele recomenda que lave bem os alimentos e se atente aos cuidados de higiene pessoal – para evitar resíduos fecais.
Fonte: Mais Goiás
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