O Ministério da Saúde e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação fecharam um acordo para monitorar conteúdos antivacina nas redes sociais. A informação é do Núcleo e foi confirmada via Lei de Acesso à Informação.
O projeto será coordenado também pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT). Ele envolve a coleta e a análise de publicações feitas nas principais plataformas de comunicação em uso no país.
Com um orçamento de R$ 12,1 milhões, o projeto tem previsão de ser concluído até o final de 2026.
O plano do governo brasileiro contra os antivacina
Segundo a reportagem, o objetivo é usar os resultados para “publicar estudos, combater a hesitação vacinal e responsabilizar grupos antivaxxers”. Entender as estratégias desses usuários é importante também no desenvolvimento de campanhas a favor da imunização.
Ao todo, são nove metas iniciais para o projeto, incluindo a formulação de informes desse tipo de desinformação, um banco de dados renovado sobre imunizações e estudos que analisam o debate ocorrido nas redes sociais.
O monitoramento envolverá os seguintes serviços: YouTube, Instagram, Facebook, X (o antigo Twitter) e o buscador do Google, além dos mensageiros WhatsApp e Telegram.
Redes sociais, ou plataformas de hospedagem de vídeos de menor porte, ou mais usadas por grupos extremistas serão deixadas de lado em um primeiro momento.
Ferramentas específicas para fazer a coleta massiva de postagens a partir de determinados filtros ainda serão desenvolvidas pelo projeto.
Segundo o levantamento inicial do governo, as publicações desse grupo cresceram em especial a partir de 2017, por meio de grupos organizados no Facebook.
Após a pandemia da covid-19, que começou em 2020, discursos contra a vacina se intensificaram por todas as plataformas digitais e aumentaram a quantidade de pessoas com receio ou contra a imunização — sendo que nem todas as redes lançaram formas de conter o espalhamento desse tipo de desinformação.
Por Nilton Kleina
Foto: Tânia Rêgo
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