Mais de 450 mil goianos cruzam fronteiras municipais para trabalhar, revela Censo

Goiás entre os líderes nacionais em deslocamentos para o trabalho
Goiás é o quarto estado brasileiro com maior percentual de pessoas que trabalham fora do município onde vivem. Os dados são do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta quinta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o levantamento, 13,42% dos goianos — o equivalente a 456,2 mil pessoas — exercem sua atividade principal em outro município.
O estado fica atrás apenas de Sergipe (15,90%), Rio Grande do Norte (15,40%) e Pernambuco (14,96%). A média nacional foi de 10,45%.
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Queda em relação a 2010
Apesar da posição de destaque, Goiás apresentou queda em relação ao Censo de 2010, quando 15,23% da população trabalhava fora da cidade onde morava. A diferença representa uma redução de quase dois pontos percentuais em doze anos.
Entorno do DF concentra os maiores índices
As cidades do Entorno do Distrito Federal registram os números mais expressivos do estado e estão entre os mais altos do país.
Em Novo Gama, 53,19% dos moradores trabalham em outro município, o que coloca a cidade entre as dez com maior índice no Brasil.
Outros destaques são Santo Antônio do Descoberto (51,15%), Águas Lindas de Goiás (50,94%) e Valparaíso de Goiás (50,83%), todas com mais da metade da população economicamente ativa trabalhando fora.
Goiás tem a quinta maior taxa de ocupação do país
O Censo 2022 também apontou que Goiás era o quinto estado com maior percentual de população ocupada.
Na semana de referência da pesquisa (25 a 31 de julho de 2022), 3,4 milhões de pessoas com 14 anos ou mais estavam trabalhando no estado, o que representa 59,42% da população goiana nessa faixa etária.
O índice coloca Goiás atrás de Santa Catarina (63,45%), Distrito Federal (60,43%), Paraná (60,28%) e Mato Grosso (60,28%).
Em todo o Brasil, o IBGE contabilizou 88,7 milhões de pessoas ocupadas, ou 53,53% da população nacional com 14 anos ou mais.
Critérios do IBGE para definir pessoas ocupadas
De acordo com o instituto, são consideradas ocupadas as pessoas que trabalharam ao menos uma hora completa durante a semana de referência, seja em atividades remuneradas em dinheiro, produtos ou benefícios.
Também entram nessa categoria aquelas que atuaram sem remuneração direta em ajuda à atividade econômica de um membro da família.
Além disso, o IBGE inclui trabalhadores temporariamente afastados de suas funções por motivos como férias, doença ou jornada variável.
Por Gessica Vieira
Foto: Reprodução
Jornalismo Portal Pn7
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